Google paga US$ 28 milhões em acordo por discriminação racial

O Google concordou em pagar US$ 28 milhões para resolver uma ação coletiva que alegava discriminação no local de trabalho, favorecendo funcionários brancos e asiáticos em detrimento de outros. O acordo recebeu aprovação preliminar do juiz Charles Adams do Tribunal Superior do Condado de Santa Clara, na Califórnia, na 3ª feira (18.mar.2025).

Ana Cantu, que se identifica como mexicana e racialmente indígena, moveu a ação representando funcionários hispânicos, latinos, indígenas, nativos americanos, nativos havaianos, ilhéus do Pacífico e nativos do Alasca na empresa. A ação pode beneficiar 6.632 funcionários do Google na Califórnia contratados entre 15 de fevereiro de 2018 e 31 de dezembro de 2024.

Cantu trabalhou por 7 anos nas operações de pessoas e nos departamentos de nuvem do Google. Ela afirmou que, apesar de seu trabalho exemplar, permaneceu no mesmo nível de emprego, enquanto seus colegas brancos e asiáticos recebiam pagamentos extras e promoções.

A ação afirmava que a empresa baseada em Mountain View, Califórnia, colocava funcionários brancos e asiáticos em “níveis” de trabalho mais altos, mesmo para funções idênticas, e retinha aumentos e promoções de quem reclamava. Cantu argumentou que as ações do Google violavam a Lei de Igualdade de Pagamento da Califórnia. Ela deixou a empresa em setembro de 2021.

Courtenay Mencini, porta-voz do Google, confirmou o acordo, mas declarou: “Continuamos a discordar das alegações de que tratamos alguém de forma diferente e permanecemos comprometidos em pagar, contratar e nivelar todos os funcionários de forma justa.”

O juiz Adams destacou que o acordo foi alcançado após os advogados de Cantu concordarem em excluir funcionários negros da classe proposta, conforme solicitado pelo Google. O valor líquido do acordo totaliza US$ 20,4 milhões, após dedução de US$ 7 milhões para honorários advocatícios, penalidades relacionadas à reivindicação de Cantu sob a Lei de Advogados Gerais Privados da Califórnia e outros custos.

Uma audiência está agendada para 11 de setembro para considerar a aprovação final do acordo.

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