Marina Silva publica texto em defesa de Janja

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, saiu em defesa da primeira-dama Janja da Silva, nesta 6ª feira (14.mar.2025), depois de a mulher do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter privado seu perfil no Instagram na 5ª feira (13.mar).

Em seu perfil oficial no Instagram, Marina afirmou que a situação foi aprofundada como retaliação à nomeação” da ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

“É inadmissível que as pessoas usem as redes sociais não para o exercício democrático da crítica, o que seria legítimo, mas para exibir seu machismo e misoginia sem nenhum filtro ético, de bom senso ou respeito à dignidade das pessoas”, escreveu a Marina.

A ministra ainda defendeu que violência política de gênero seja “denunciada, combatida e severamente punida”, já que, segundo ela, “busca deslegitimar e silenciar mulheres na esfera pública”.  

Marina afirmou: “As redes sociais são espaços de expressão, mas não podem ser territórios livres para a disseminação de violência e impunidade”.  

Para finalizar, a ministra do Meio Ambiente ainda ressaltou que a violência não “calará” Janja e a ministra Gleisi, que foi alvo de críticas da oposição do governo desde 4ª feira (12.mar) por uma fala de Lula. Durante o evento, o petista afirmou que escolheu uma “mulher bonita” para melhorar a relação do governo com o Congresso 

“Seguimos juntas, porque ocupar espaços de poder não é concessão, é direito que a duras penas vem sendo conquistado”, afirmou Marina no Instagram.

Leia na íntegra todo o texto da ministra do Meio Ambiente:

“Minha total solidariedade à @janjalula, que tem sido alvo de uma campanha de perseguição coordenada, que já se anunciava antes mas se intensificou ainda mais pelo machismo estrutural, pelo desrespeito e pela misoginia escancarada de opositores –incluindo parlamentares. Uma campanha talvez aprofundada como retaliação à nomeação da Ministra da Secretaria de Relações Institucionais, @gleisihoffmann.

“É inadmissível que as pessoas usem as redes sociais não para o exercício democrático da crítica, o que seria legítimo, mas para exibir seu machismo e misoginia sem nenhum filtro ético, de bom senso ou respeito à dignidade das pessoas. Não satisfeitas, vão além: caluniam, difamam e ameaçam a primeira-dama do país. Se fazem isso com ela, imagine o que essas pessoas são capazes de fazer com as mulheres de um modo geral, nos ambientes de trabalho, nos espaços partidários, em suas relações publicas e privadas.

“A violência política de gênero, que busca deslegitimar e silenciar mulheres na esfera pública, precisa ser denunciada, combatida e severamente punida. Não estamos diante de críticas legítimas, mas de ataques baseados em padrões históricos de exclusão, que associam a presença feminina no poder a um “erro” que deve ser corrigido com desqualificação, ódio, ameaças e intimidações para que as mulheres se retirem da cena política.

“As redes sociais são espaços de expressão, mas não podem ser territórios livres para a disseminação de violência e impunidade.

“Mas tenho certeza de que isso não calará Janja, Gleisi e muitas outras mulheres que têm peso, força e voz no governo do Presidente @lulaoficial. Seguimos juntas, porque ocupar espaços de poder não é concessão, é direito que a duras penas vem sendo conquistado”.  

 

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