Crédito do Trabalhador terá juros menores e contratação digital

O Governo Federal reformulou a linha de crédito consignado para trabalhadores do setor privado, conhecida como “Crédito do Trabalhador”.

A iniciativa, anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (12), busca oferecer empréstimos mais acessíveis com taxas reduzidas e parcelas fixas, beneficiando cerca de 47 milhões de pessoas.

Entenda como o novo Crédito do Trabalhador permitirá que empregados formais obtenham empréstimos mais baratos com desconto direto na folha de pagamento.

Nova versão do crédito para trabalhadores CLT

O Consignado privado, agora chamado de Crédito do Trabalhador, foi reformulado para oferecer condições mais vantajosas aos profissionais com carteira assinada, incluindo empregados domésticos, trabalhadores rurais e funcionários de microempreendedores individuais (MEIs). 

Diferente do consignado tradicional, essa nova linha permitirá que os trabalhadores iniciem a solicitação de crédito diretamente pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital) e, posteriormente, finalizem pelo aplicativo da instituição financeira escolhida.

Com isso, o governo pretende reduzir juros abusivos e ajudar os trabalhadores a reorganizarem suas finanças, especialmente aqueles que já possuem empréstimos com taxas mais elevadas.

Entenda: O Consignado Privado é só para quem tem vínculo empregatício?

Além disso, após a implementação inicial, será permitida a migração de dívidas mais caras para essa linha de crédito mais acessível.

Como vai funcionar o Crédito do Trabalhador?

A nova versão dessa linha de crédito Consignado funcionará por meio de um sistema integrado ao eSocial, garantindo mais segurança e transparência na concessão dos empréstimos

Confira as principais etapas:

  1. Autorização de acesso aos dados: o empregado libera o acesso a informações como nome, CPF, margem do salário disponível para consignação e tempo de empresa, em respeito à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)
  2. Acesso via Carteira de Trabalho Digital: o trabalhador poderá solicitar uma proposta diretamente pelo aplicativo CTPS Digital
  3. Ofertas personalizadas: instituições financeiras habilitadas farão ofertas em até 24 horas após a solicitação
  4. Desconto na folha de pagamento: as parcelas serão descontadas automaticamente do salário

Além disso, em caso de demissão, o saldo devedor do empréstimo poderá ser abatido das verbas rescisórias, respeitando o limite de 10% do saldo do FGTS e 100% da multa rescisória.

Calendário de implementação do crédito CLT

O governo estabeleceu um cronograma para a liberação do Crédito do Trabalhador e suas funcionalidades.

  • 21 de março: sistema entra em operação pelos bancos públicos e privados
  • 25 de abril: possibilidade de contratação diretamente com os bancos, sem necessidade de intermediação pelo aplicativo do governo e migração de contratos antigos para a nova linha de crédito
  • 6 de junho: liberação da portabilidade de contratos entre os bancos

Saiba mais: Consignado privado vale a pena?

Quem pode solicitar o crédito Consignado privado?

Os trabalhadores do setor privado terão acesso a uma nova versão da linha de crédito consignado com condições mais vantajosas. 

Essa modalidade oferece taxas reduzidas e desconto direto em folha, garantindo maior segurança para os bancos e melhores condições para os trabalhadores.

Podem solicitar o crédito:

  • Trabalhadores com carteira assinada (CLT)
  • Empregados domésticos formalizados
  • Funcionários de Microempreendedores Individuais (MEIs)
  • Trabalhadores rurais com registro em carteira

Essa nova medida busca ampliar o acesso ao crédito, reduzir o endividamento e oferecer uma alternativa mais justa para os trabalhadores que precisam de recursos financeiros com condições mais acessíveis.

Confira: Como é o processo Consignado privado para empresa?

Objetivo do governo com a nova versão do crédito

O governo pretende reduzir o endividamento dos trabalhadores e facilitar o acesso ao crédito em condições mais justas.

Atualmente, o consignado do setor privado movimenta R$ 40,4 bilhões e conta com 4,4 milhões de contratos ativos.

Segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o novo modelo trará mais segurança e transparência para o trabalhador

“Esse é um governo que enxerga os invisíveis, que está olhando para quem mais precisa e garantindo que os trabalhadores não paguem juros abusivos”, destacou o ministro.

Confira também: Simulador do Consignado privado

Com a implementação dessa medida, o governo espera que os trabalhadores tenham mais dinheiro disponível para suas necessidades diárias, ao invés de destiná-lo ao pagamento de juros elevados.

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