Vendas no varejo de SP batem recorde com alta de 9,3% em 2024

O varejo no Estado de São Paulo registrou um aumento de 9,3% em suas vendas em 2024, alcançando um faturamento de R$ 1,42 trilhão. O crescimento em comparação ao ano anterior, divulgado pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) nesta 2ª feira (10.mar.2025), é o maior desde o início da série histórica em 2008. A pesquisa foi realizada com base em dados da Sefaz-SP (Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo).

Em 2024, o setor do varejo viu um acréscimo de R$ 121 bilhões em receitas na comparação a 2023. Dezembro se destacou com um crescimento de 7,3% nas vendas varejistas em relação ao mesmo mês do ano anterior, totalizando R$ 138,6 bilhões. Esse desempenho é atribuído ao mercado de trabalho aquecido, à expansão do crédito, ao aumento da renda e a datas como a Black Friday e as compras de final de ano.

Outro fator que contribuiu para o resultado positivo foi o avanço da digitalização e omnichannel, já que as empresas seguiram apostando na integração entre lojas físicas e online, ampliando o alcance das vendas”, disse Fabio Pina, assessor econômico da federação.

A pesquisa mostrou que 7 das 9 atividades pesquisadas bateram recorde de faturamento. As concessionárias de veículos e as lojas de autopeças e acessórios foram as que apresentaram as maiores variações percentuais positivas. O varejo na capital paulista também teve um crescimento expressivo de 9,9% em relação a 2023, somando um faturamento de R$ 441,4 bilhões em 2024.

Para o 1º trimestre de 2025, há otimismo. No entanto, a FecomercioSP alerta para um cenário potencialmente desafiador ao longo do ano devido à inflação acima do teto da meta e ao ciclo de alta da taxa Selic. Esses fatores já impactam a confiança dos consumidores e podem influenciar as vendas, especialmente em setores dependentes do crédito. “Empresas do setor precisarão ajustar suas estratégias para manter a competitividade e preservar margens em um possível cenário de menor crescimento em 2025”, recomendou Pina.

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