Jaecoo 7 PHEV chega ao Brasil para disputar mercado de SUVs híbridos GWM Haval H6 e BYD Song Plus

Se você achava que o mercado de SUVs híbridos plug-in já estava lotado, é melhor reservar um espaço extra na garagem, porque tem um novo jogador entrando em cena. O Jaecoo 7 PHEV está prestes a desembarcar no Brasil e já chega com um desafio: encarar dois adversários bem estabelecidos, o BYD Song Plus e o GWM Haval H6.

Mas o que exatamente ele tem de especial? Além do nome que mistura “caçador” em alemão com “cool” em inglês, o SUV traz um pacote híbrido que promete eficiência energética sem abrir mão da potência. Equipado com um motor 1.5 turbo a gasolina e um motor elétrico, ele soma 339 cv e 52 kgfm de torque, garantindo acelerações dignas de um esportivo disfarçado de SUV familiar.

Agora, será que ele é apenas mais um SUV chinês tentando conquistar um espaço ou realmente tem argumentos para se destacar? A resposta está no design robusto, na lista generosa de equipamentos e, claro, no desempenho que promete boas doses de diversão ao volante.

Estilo e dimensões

A primeira impressão do Jaecoo 7? Ele quer parecer maior do que realmente é. Com 4,50 metros de comprimento e entre-eixos de 2,67 metros, ele tem dimensões próximas às do Jeep Compass, mas é menor do que seus principais concorrentes. Isso fica ainda mais evidente no porta-malas, que entrega 340 litros, bem abaixo dos 500 litros oferecidos pelo BYD Song Plus e pelo GWM Haval H6.

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O visual segue uma receita já conhecida: linhas retas, traços robustos e uma grade frontal que parece querer engolir tudo à sua frente. Elementos quadrados nos faróis e uma traseira com barra de LED contínua completam o pacote. Não precisa olhar duas vezes para perceber que há uma certa “inspiração” em modelos da Land Rover – o que faz sentido, já que a Chery tem parceria com a Jaguar Land Rover na China.

No papel, ele deveria ser um SUV médio como qualquer outro. Mas na prática, o aproveitamento de espaço pode surpreender (ou decepcionar, dependendo do que você espera). Os ocupantes dos bancos dianteiros não têm do que reclamar, mas no banco traseiro, apesar do bom espaço para pernas, passageiros mais altos podem sentir falta de alguns centímetros a mais de entre-eixos.

Interior e tecnologia

Abrindo a porta, a primeira coisa que chama atenção é a simplicidade. Mas não se engane: o minimalismo aqui não significa falta de tecnologia. O painel é limpo, com uma enorme tela de 14,8 polegadas dominando o centro do console, substituindo praticamente todos os botões físicos. Isso pode ser um problema para quem gosta de ajustar coisas rapidamente – até mesmo os retrovisores precisam ser configurados via tela.

O quadro de instrumentos digital entrega todas as informações necessárias, mas poderia ter uma interface mais intuitiva. Os números pequenos dificultam a leitura rápida, e o consumo médio segue um formato que mostra apenas os últimos 50 km, em vez de opções mais diretas como o consumo instantâneo ou desde o último abastecimento.

A conectividade não decepciona. Apple CarPlay e Android Auto sem fio funcionam de maneira eficiente, e há carregador por indução para smartphones. O ar-condicionado digital de duas zonas possui atalhos na tela, facilitando o acesso sem precisar mergulhar em menus intermináveis.

Segurança e assistências

Se tem algo que o Jaecoo 7 fez questão de incluir foi uma longa lista de assistências à condução. O pacote ADAS traz frenagem autônoma de emergência, controle de cruzeiro adaptativo, monitor de ponto cego e um sistema de permanência em faixa bem calibrado.

A cereja do bolo é a câmera 360º, que não apenas mostra o que está ao redor do carro, mas também permite visualizar o solo logo abaixo do veículo. Esse recurso, emprestado de modelos premium, pode evitar dores de cabeça na hora de estacionar ou passar por obstáculos urbanos.

Os sensores de estacionamento dianteiros e traseiros ajudam nas manobras, enquanto o head-up display mantém informações importantes na linha de visão do motorista. No geral, a experiência de condução é assistida sem ser excessivamente intrusiva, algo que nem todos os sistemas do tipo conseguem acertar.

Desempenho e consumo

Agora vamos ao que interessa: o que acontece quando você pisa no acelerador? Combinando motor a combustão e motor elétrico, o Jaecoo 7 PHEV entrega 339 cv, o que significa que ele não é exatamente um SUV pacato. A aceleração de 0 a 100 km/h ocorre em 7,1 segundos, tornando-o mais rápido do que alguns esportivos de décadas passadas.

Na cidade, com a bateria carregada, o consumo pode chegar a impressionantes 50 km/l, já que o motor elétrico assume boa parte da condução. Mas, quando a bateria chega aos 20%, o motor a combustão entra em cena para manter o nível de carga, registrando médias de 13 km/l na cidade e 17,3 km/l na estrada.

A autonomia elétrica declarada é de 70 km, mas em condições ideais pode passar dos 90 km. A bateria de 18,3 kWh pode ser recarregada em aproximadamente 4 horas em carregadores AC ou em apenas 20 minutos de 30% a 80% em carregadores DC de 40 kW.

Preço e concorrência

A grande questão que ainda precisa ser respondida é: quanto isso tudo vai custar? A estimativa é que o Jaecoo 7 PHEV chegue ao Brasil com preços entre R$ 240 mil e R$ 250 mil, colocando-o na mesma faixa de mercado do BYD Song Plus e do GWM Haval H6 PHEV.

A diferença é que esses dois modelos já estão estabelecidos, contam com uma rede de concessionárias bem estruturada e já conquistaram uma boa base de clientes. O desafio da Jaecoo será convencer os consumidores de que vale a pena apostar em um nome novo no segmento.

Ficha técnica

• Motor: 1.5 turbo a gasolina + motor elétrico
• Potência combinada: 339 cv
• Torque combinado: 52 kgfm
• Transmissão: Automática DHT de 1 marcha
• Tração: Dianteira
• Suspensão: McPherson (dianteira) e Multilink (traseira)
• Rodas: 19 polegadas, pneus 235/50
• Bateria: 18,3 kWh
• Autonomia elétrica: 70-90 km
• Consumo híbrido: 13 km/l (cidade), 17,3 km/l (estrada)

O que esperar?

O Jaecoo 7 PHEV chega para disputar um espaço em um segmento cada vez mais competitivo. Tem design chamativo, um bom pacote de tecnologia e desempenho convincente. Mas será que isso é suficiente para conquistar os consumidores brasileiros?

Com um preço próximo ao dos rivais e uma rede de concessionárias ainda em fase de estruturação, o desafio será mostrar que é mais do que apenas mais um SUV chinês. A aceitação do público e a estratégia da marca definirão se ele será um sucesso ou apenas mais um modelo na crescente lista de SUVs híbridos que tentaram, mas não conseguiram.

Fonte: Wikipedia, AutoEsporte, Motor1, QuatroRodas e Mobiauto.

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