Dying Light: The Beast promete uma evolução em todos os sentidos para a série; entrevista



Anunciado de forma oficial durante a edição de 2024 da gamescom, Dying Light: The Beast é uma expansão no formato standalone da aclamada franquia de sobrevivência da Techland, que está programada para ser lançada em algum momento de 2025. Um dos maiores atrativos do game é a volta de Kyle Crane, o protagonista do jogo original de 2015.

O ressurgimento do herói de Harran, como é conhecido o personagem, cria muitas expectativas entre os fãs da franquia. Além disso, a expansão promete explorar um lado mais selvagem e incontrolável de Crane, após passar quase uma década em cativeiro, sendo alvo de experimentos que despertaram sua raiva. No entanto, esse período também lhe proporcionou a compreensão de que é possível dominar os poderes adquiridos por meio da fusão com o DNA zumbi.

Para falar sobre algumas novidades que estarão presentes em Dying Light: The Beast, sobre o futuro da série e também relembrar alguns momentos da franquia, que recentemente completou uma década, o PSX Brasil teve a oportunidade de entrevistar o diretor dos jogos Dying Light, Tymon Smektala. Confira todos os detalhes desta conversa logo abaixo:

Dying Light: The Beast

PSX Brasil: The Beast traz de volta o protagonista do primeiro jogo. O que motivou a decisão de explorar mais a fundo a história de Kyle Crane e reviver sua jornada na franquia?

Tymon Smektala: A história de Kyle Crane nunca foi realmente concluída. Os fãs têm perguntado sobre o destino dele desde Dying Light: The Following, e sentimos que era o momento certo de trazê-lo de volta — não apenas por nostalgia, mas porque havia mais a ser explorado e revelado, incluindo a principal pergunta: qual é o final canônico de The Following? Ao mesmo tempo, o retorno dele nos permite mergulhar em novos temas para esse personagem, como trauma, vingança e a luta para manter sua humanidade. Dying Light: The Beast dá aos jogadores a chance de retomar seus passos e vivenciar sua jornada de uma nova perspectiva — uma que conecta o passado, o presente e o futuro do universo de Dying Light.

PSX Brasil: Se passaram dez anos desde a estreia de Dying Light, e a jogabilidade sempre desempenhou um papel fundamental na franquia. Podemos esperar grandes mudanças em The Beast no que diz respeito aos novos poderes bestiais de Crane, ou as atualizações vão se concentrar em reforçar a estrutura de parkour e combate em primeira pessoa?

Tymon Smektala: Dying Light: The Beast expande a marca registrada da franquia, o parkour e o combate corpo a corpo em primeira pessoa, enquanto introduz algo completamente novo: as habilidades bestiais de Crane. Esses poderes concedem a ele surtos temporários de velocidade, força e agilidade aprimoradas, mudando fundamentalmente a forma como os jogadores abordam o combate e a movimentação. Embora a jogabilidade principal de Dying Light permaneça intacta, ouso dizer que foi elevada ao mais alto nível da história da série.

Dying Light: The Beast

PSX Brasil: Dying Light: The Beast traz de volta alguns elementos da expansão The Following, incluindo a habilidade de dirigir veículos, tornando o transporte não apenas mais rápido, mas também mais divertido. Que tipo de recursos podemos esperar para os veículos em The Beast? Eles terão upgrades e ferramentas para combater os infectados, como o buggy teve, ou servirão apenas como um meio de transporte?

Tymon Smektala: O veículo 4×4 em Dying Light: The Beast é uma ferramenta crucial para a sobrevivência. Embora não seja um tanque móvel de forma alguma, ele ainda é incrivelmente útil ao lidar com ameaças de infectados. No entanto, os jogadores precisam ficar atentos — o combustível pode acabar, e os danos podem se acumular, então gerenciar o veículo e mantê-lo em funcionamento é mais uma camada de jogabilidade. Não se trata apenas de ir de um ponto A a um ponto B; trata-se de sobrevivência.

PSX Brasil: No trailer de revelação de The Beast, ficou claro que haverá um foco maior em armas de médio e longo alcance. Que tipos de armas de fogo podemos esperar para a expansão, e como elas serão personalizáveis para garantir a sobrevivência no mundo de Castor Woods?

Tymon Smektala: As armas de fogo estão de volta em Dying Light: The Beast. Os jogadores terão acesso a armas como pistolas, espingardas, rifles e até ferramentas mais pesadas, como lançadores de granadas e lança-chamas. No entanto, as munições continuam escassas, o que significa que as armas de fogo devem ser usadas de forma estratégica, e não como armas principais. Como sempre nos jogos de Dying Light, trata-se de equilibrar as diversas ferramentas à disposição do jogador. Por isso, gostamos de pensar no jogo como um playground zumbi orientado para a sobrevivência — você recebe muitas ferramentas, mas como usá-las (e se elas realmente vão salvar sua vida) depende totalmente das suas habilidades e do seu pensamento tático.

Dying Light: The Beast

PSX Brasil: Castor Woods parece oferecer uma boa variedade de ambientes, mas um em particular se destacou no trailer. O que você pode nos contar sobre o cenário do pântano, e como esse tipo de ambiente contribui para criar uma sensação maior de suspense no jogo?

Tymon Smektala: O pântano é uma das áreas mais inquietantes em Dying Light: The Beast. A visibilidade é reduzida, o movimento é mais lento, e os perigos estão à espreita sob a água. Ao contrário das partes mais abertas de Castor Woods, o pântano obriga os jogadores a navegar com cautela, ouvindo os movimentos e observando os infectados que podem estar escondidos logo abaixo da superfície. Esse ambiente cria uma atmosfera tensa e cheia de suspense, onde cada passo pode ser fatal.

PSX Brasil: Dying Light 2: Stay Human recebeu uma série de atualizações gratuitas pós-lançamento, com eventos sazonais e atividades. A Techland planeja continuar oferecendo esse tipo de suporte para The Beast, ou o jogo vai se concentrar mais no aspecto narrativo?

Tymon Smektala: No momento, nosso foco principal é oferecer uma experiência polida e centrada na história. The Beast é um jogo standalone bem-elaborado, e embora não estejamos descartando nada, ainda é cedo para falar sobre planos pós-lançamento. Muito dependerá dos jogadores – se a resposta da comunidade for forte e eles pedirem conteúdos específicos… bem, estamos sempre ouvindo.

Dying Light: The Beast

PSX Brasil: Muitos ainda consideram o primeiro Dying Light seu jogo favorito e uma das maiores experiências da geração anterior, com expansões e jogos subsequentes ampliando ainda mais esse universo. A Techland planeja levar a franquia ainda mais longe e correr mais riscos, ou acredita que está perto de concluir as histórias que deseja contar?

Tymon Smektala: Enquanto Dying Light: The Beast responde a algumas grandes questões, também estabelece as bases para o futuro, dando um vislumbre do que está por vir. Queremos continuar a evolução da franquia, explorando novas histórias, mecânicas e formas de inovar dentro do gênero.

PSX Brasil: Para finalizar, qual mensagem você deixaria para os fãs brasileiros da franquia Dying Light e por que eles deveriam estar animados com o lançamento de The Beast?

Tymon Smektala: Nossos fãs brasileiros são alguns dos mais apaixonados do mundo, e agradecemos a cada um de vocês! Lembro da nossa viagem para São Paulo durante a Brasil Game Show — mesmo antes do jogo ser lançado, fomos tratados como estrelas do rock, assinando autógrafos e gritando Dying Light com a plateia no palco principal do evento. Dying Light: The Beast é nossa carta de amor para aqueles que estiveram conosco na franquia nos últimos dez anos. Seja você um fã desde o começo ou se estiver se juntando agora, este jogo oferece uma mistura de tudo o que faz Dying Light ser incrível — sobrevivência intensa, narrativa profunda e combate brutal e satisfatório. Mal podemos esperar para que vocês o experimentem. Muito obrigado!

PSX Brasil agradece a Techland pela oportunidade da entrevista.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.