Estatueta do Oscar para “Ainda estou aqui“ ficará com Walter Salles

O filme “Ainda Estou Aqui” venceu no domingo (2.mar.2025) o Oscar de melhor filme internacional, tornando-se o 1º longa-metragem brasileiro a ganhar o prêmio. A estatueta ficará com o diretor Walter Salles.

O Poder360 errou ao informar no texto publicado na 2ª feira (3.mar.2025) que a estatueta ficaria com o Brasil e não com o diretor.

Até 2014, uma regra dizia que o país vencedor era quem decidia o que fazer com o prêmio, e o nome do diretor nem mesmo aparecia na placa. A regra, porém, mudou. Atualmente, a estatueta é concedida ao filme e fica com o diretor. O país é creditado como indicado e o nome do diretor é listado na placa da estatueta depois do país e do título do filme.

Rodrigo Teixeira, um dos produtores do filme, disse em entrevista à Folha de S.Paulo que enviou um e-mail para a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pelo Oscar, para tirar esta dúvida. “A resposta deles é que o Brasil é creditado como indicado, o nome do diretor será listado na estatueta, e a estatueta fica com o diretor em nome de toda a equipe criativa do filme”.

O produtor também questionou a Academia sobre a possibilidade de conseguir réplicas do troféu, para distribuir à equipe. “Vamos ver se pode. A Academia ainda não me respondeu. Se tiver réplica, quem tem direito são os produtores”, disse.

“AINDA ESTOU AQUI”

A obra é protagonizada pela atriz Fernanda Torres, que interpreta Eunice Paiva (1929-2018), mulher do ex-deputado federal Rubens Paiva (1929-1971), que foi sequestrado e morto nos porões da ditadura militar brasileira (1964-1985). O filme é baseado no livro homônimo do escritor Marcelo Rubens Paiva, filho do casal.

“Ainda Estou Aqui” desbancou a obra francesa “Emilia Pérez”, que havia vencido o Bafta de melhor filme estrangeiro em 16 de fevereiro. A premiação é considerada o Oscar britânico.

O longa também superou “A Garota da Agulha”, “The Seed of the Sacred Fig” e “Flow”.

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