China suspende importações de soja e serragem dos EUA

O governo da China suspendeu as importações de soja e de madeira de empresas dos Estados Unidos nesta 3ª feira (4.mar.2025). A medida se dá no momento em que Pequim revida o tarifaço imposto pelo presidente norte-americano Donald Trump (republicano).

Mais cedo, a China anunciou que irá taxar produtos agrícolas e alimentícios dos EUA de 10% a 15%, em retaliação aos 20% anunciados por Washington D.C. 

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A GACC (Administração Geral de Aduanas da China) disse que grãos provenientes de 3 companhias norte-americanas continham cravagem e agente de revestimento. São elas a CHS Inc, Louis Dreyfus Company Grains Merchandising LLC e a  EGT, segundo a Reuters. 

Já no caso da serragem, todas as importações dos EUA foram suspensas. O governo chinês disse que a medida busca prevenir a entrada de espécies daninhas. No entanto, a medida se deu dias depois que Trump anunciou investigação sobre as importações de madeira aos EUA.

Pequim também colocou 25 empresas norte-americanas sobre restrição de investimentos em solo chinês, mas não divulgou os nomes das companhias. O Ministério das Relações Externas disse a jornalistas que o país nunca permitiu ser coagido. 

As tarifas sobre importações têm sido um tema recorrente no 2º mandato de Trump, iniciado em 20 de janeiro. Em 10 de fevereiro, o republicano assinou um decreto que taxa todas as importações de aço e alumínio. Dias depois, anunciou tarifas recíprocas para países que cobram taxas sobre produtos norte-americanos –medidas que entram em vigor em 2 de abril.

Além disso, em 26 de fevereiro, Trump declarou que pretende impor uma tarifa geral de 25% sobre produtos importados da União Europeia. Durante sua 1ª reunião de gabinete do novo mandato, criticou a política comercial do bloco e afirmou que os europeus dificultam a entrada de produtos dos EUA. Tarifas de 25% sobre Canadá e México também entram em vigor nesta 3ª feira (4.mar).

Trump justificou o aumento das tarifas sobre a China como uma resposta ao “fracasso em lidar com o fluxo de fentanil para os Estados Unidos”. A China acusou a Casa Branca de chantagem, afirmando ter uma das mais robustas políticas antidrogas.