Clubes e ligas investem em colecionáveis digitais para expandir receitas

Os chamados “colecionáveis digitais” surgiram por volta de 2020 com a ascensão das NFTs (“token não fungível”). São ativos exclusivos em formato digital que podem representar itens, momentos ou pessoas desse universo.

No mundo dos esportes, os colecionáveis digitais permitem que torcedores possuam versões exclusivas de momentos como gols históricos, jogadas ou artes personalizadas de seus clubes e atletas favoritos.

Dados da Deloitte apontam que interações digitais e experiências personalizadas serão o futuro do engajamento entre clubes e torcedores, principalmente se olharmos para a Geração Z. De acordo com o estudo, 51% dos fãs usam redes sociais para interação ao assistir a jogos ao vivo. Além disso, 43% da GenZ preferem outros tipos de conteúdos esportivos além dos jogos ao vivo, como documentários ou vídeos no YouTube. 

Já dados do Market Decipher mostram que o tamanho do mercado de memorabilia  —itens colecionáveis com valor sentimental —esportiva seja de US$ 26 bilhões em 2021 e deverá atingir US$227,2 bilhões até 2032, crescendo a um CAGR (taxa composta de crescimento anual) de 21,8% de 2022 a 2032.

Bruno Pessoa, Country Manager Brasil do Grupo Chiliz, explica que diferente dos arquivos comuns que podem ser copiados infinitamente, esses colecionáveis utilizam a tecnologia blockchain para garantir sua autenticidade, escassez e propriedade única. “O principal objetivo do colecionável digital é permitir que um torcedor tenha consigo algo imortalizado e exclusivo referente ao seu time do coração, criando uma conexão mais profunda e um senso de propriedade e participação. E a tecnologia blockchain é uma tecnologia de ponta que assegura que estes colecionáveis sejam únicos, verificáveis e tenham autenticidade garantida graças a sua segurança criptografada”, explicou. 

PROJETOS NO BRASIL

Lançada em 2024, o projeto Proof-of-Passion, foi feito com 8 dos principais clubes brasileiros: Atlético-MG, EC Bahia, Flamengo, Fluminense, Palmeiras, São Paulo FC, SC Internacional e Vasco da Gama.

Ao todo, foram mais de 250.000 colecionáveis digitais resgatados durante o Campeonato Brasileiro, segundo dados da Chiliz Chain. O Flamengo demonstrou ter a torcida mais engajada dentro do universo web3, com 36.863 resgates. Palmeiras e Bahia apareceram na 2ª e 3ª posições, com 35.640 e 35.571 colecionáveis resgatados, respectivamente.


Esta reportagem foi escrita pela estagiária de jornalismo Janaína Cunha sob supervisão do secretário de Redação assistente Conrado Corsalette.

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