Defesa de Braga Netto diz não ter acesso a todas as provas da PGR

A defesa do general Walter Braga Netto declarou nesta 4ª feira (26.fev.2025) que não tem acesso a todas as peças que a PGR (Procuradoria Geral da República) apresentou na denúncia contra o militar e outros 33 investigados por uma tentativa de golpe de Estado em 2022.

O advogado José Luis de Oliveira se reuniu nesta tarde com o ministro Cristiano Zanin. Depois do encontro, afirmou a jornalistas que reforçou ao magistrado a importância de “garantir o direito de defesa” em um julgamento que envolve um ex-presidente e um general de 4 estrelas. Zanin é presidente da 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), que analisará a denúncia contra o general.

Segundo Oliveira, a defesa não teve acesso a todas as peças dos autos. O advogado criticou o que chamou de uma “violação do direito de defesa” e disse que o julgamento está “manchado”.

“Há uma mácula [sujeira] nesse julgamento com a violação do direito de defesa, esse julgamento está manchado. O que eu pedi ao ministro Zanin […] é que o direito de defesa seja garantido. Porque, a partir do momento que nós tivermos acesso a tudo, o julgamento segue tranquilo”, declarou o advogado.

Mais cedo, o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação que investiga a suposta tentativa de golpe, negou os pedidos apresentados pelo ex-ministro Braga Netto, o ex-diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal) Silvinei Vasques e o ex-assessor presidencial Filipe Martins.

Os 3 solicitaram mais tempo para responder à denúncia apresentada pela PGR. Os denunciados têm 15 dias para apresentar uma defesa prévia.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.