BM&C New Deal: Entenda como tokens e blockchain estão transformando o esporte

ilustração de tokens/ moeda de ouro

O avanço da tecnologia blockchain começa a alterar a forma como os torcedores se relacionam com seus clubes. No programa BM&C New Deal, Marina Fagali, gerente de Relações Públicas da Chiliz, explicou como os tokens digitais vêm ampliando o engajamento no setor esportivo e criando novas fontes de receita para os clubes.

Segundo Fagali, “o princípio da descentralização aplicado ao esporte cria novas oportunidades tanto para os clubes quanto para os torcedores.” A Chiliz, fundada em 2018, trabalha com a ideia de aproximar os fãs das decisões dos clubes por meio de tokens digitais. Esses ativos digitais permitem interações que vão além da simples compra de produtos licenciados ou ingressos.

Como os fun tokens funcionam? A participação dos torcedores nas decisões dos clubes

Os fun tokens são ativos digitais que possibilitam ao torcedor participar de decisões simbólicas dentro dos clubes, como escolher o design de uniformes ou o número de camisa de um jogador. “Os tokens de governança dão ao torcedor a chance de ser ouvido, tornando sua participação mais ativa e menos passiva”, explicou Fagali.

Esses tokens seguem o princípio das finanças descentralizadas, um conceito fundamental no universo das criptomoedas, que elimina intermediários e permite transações diretas. O objetivo, segundo Fagali, é “transferir parte do poder de decisão para os torcedores, de forma simbólica, mas significativa”.

O impacto financeiro dos tokens no esporte: novas fontes de receita para os clubes

O uso de tokens no esporte não se limita ao engajamento emocional. Para os clubes, essa tecnologia representa uma nova fonte de receita. Além da venda de jogadores e produtos licenciados, os tokens criam uma nova forma de monetizar a relação com os torcedores. “A relação entre clube e torcedor é, em essência, um ativo financeiro. O token transforma essa relação em uma oportunidade concreta de geração de receita”, destacou Fagali.

Com a valorização dos tokens no mercado, os clubes podem gerar receitas adicionais, enquanto os torcedores têm a possibilidade de obter retorno financeiro com a valorização desses ativos digitais.

Internacionalização das marcas e os desafios do mercado brasileiro

Outro ponto destacado por Fagali foi o desafio dos clubes brasileiros em atrair torcedores internacionais. “Hoje, há mais jovens no Brasil torcendo para clubes europeus do que para times locais”, afirmou. A internacionalização das marcas esportivas por meio dos tokens pode ser uma estratégia para enfrentar essa tendência.

A emissão de tokens permite que torcedores de outras partes do mundo participem da cultura do clube, ainda que o engajamento inicial seja motivado por um interesse financeiro. “Mesmo torcedores que não têm um vínculo emocional com o clube podem, ao investir em tokens, começar a se envolver mais com a cultura daquele time”, explicou Fagali.

Os desafios da adoção e a importância da educação financeira

Apesar do potencial de crescimento, o mercado brasileiro ainda enfrenta desafios relacionados à educação financeira e à adoção das criptomoedas. “O Brasil tem obstáculos como a falta de educação financeira, o que dificulta a compreensão de como esses ativos funcionam”, disse Fagali.

A regulação no Brasil, no entanto, está avançando rapidamente. Fagali comentou sobre as discussões em andamento com o Banco Central e destacou que “o país está na linha de frente da regulamentação de criptoativos no mundo”.

O futuro dos tokens no esporte: novos projetos e desafios globais

A Chiliz planeja expandir suas iniciativas com o lançamento de um hackathon em Paris, em 2025, reunindo desenvolvedores para criar novas soluções em blockchain no setor esportivo. Fagali também mencionou que “há negociações em andamento com novos clubes interessados em adotar a tecnologia”, embora os detalhes ainda não possam ser revelados.

A inovação no setor esportivo, por meio dos tokens, não apenas amplia a relação entre clubes e torcedores, mas também cria novas oportunidades econômicas, tanto para as instituições quanto para os fãs.

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