IA é aliada e há empregos sobrando, diz chefe de tech do Bradesco

A diretora-executiva de Tecnologia do Bradesco, Cíntia Scovine Barcelos, de 52 anos, declarou ao Poder360 que a inteligência artificial é uma “aliada” e “nunca vai ameaçar” os empregos do setor.

Segundo ela, “cada vez mais” surgirão oportunidades na área e o segredo é se manter atualizado. 

“Eu sempre vejo a tecnologia pelo lado positivo. Você pode aprender a fazer coisas novas, muito diferentes. Você tem oportunidade para trabalhar com novas tecnologias. Você pode utilizar a sua inteligência para treinar e capturar esse conhecimento dentro da inteligência artificial”, afirmou a executiva.

Formada em engenharia eletrônica pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Cíntia trabalhou por 27 anos na IBM, de 1993 a 2021. Chegou no Bradesco, 2º maior banco do Brasil em número de clientes, em 2021.

Assista à entrevista de Cíntia Barcelos ao Poder360 (23min42s):

FALTA DE PROFISSIONAIS

Segundo Cíntia, hoje há mais vagas disponíveis no mercado do que profissionais qualificados para preenchê-las. 

“Hoje a gente tem mais vagas do que a gente consegue preencher, seja para o desenvolvimento, seja para a ciência de dados, segurança… Essas são áreas que tem crescido muito a demanda e ainda não temos profissionais sêniores o suficiente para preencher tudo”, afirma.

A diretora avalia que as áreas de tecnologia terão um “crescimento muito grande” nos próximos anos e demandarão “muitos” profissionais. Para ela, a busca por “talentos” é um dos grandes desafios.

SEGURANÇA & TECNOLOGIA

Cíntia diz que a inteligência artificial pode auxiliar no combate às fraudes e a ataques hackers. “O futuro ainda está por vir”, afirma sobre a tecnologia.

“Segurança é um dos grandes desafios. A inteligência […] também está disponível para os hackers. Então, e a gente só vai conseguir combater a sofisticação dos ataques que estão surgindo hoje, com o próprio uso da inteligência artificial”, declara.

A computação quântica –tecnologia avançada que pode resolver problemas complexos mais rápido do que computadores normais–, segundo a diretora, será uma “aliada” para “resolver problemas” que hoje demorar muito tempo para serem resolvidos.

AVANÇO DO DIGITAL

O Bradesco tem 81 anos e concorre com bancos mais novos, muitos que nasceram já neste século e estão diretamente integrados ao mundo digital. Para Cíntia, a “história” da instituição em que trabalha e a “experiência” acumulada pelos profissionais são vantagens que outras empresas não têm.

“Nós já temos mais de 80 anos e a tecnologia ela não só apelida a transformação do negócio, como ela também está em transformação, então nós estamos agora fazendo a nova arquitetura do futuro”, afirmou.

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