A inteligência artificial veio para gerar desemprego em Hollywood?

A inteligência artificial veio para ficar em Hollywood? Confira

O avanço da inteligência artificial tem influenciado diversas áreas, e o cinema não é uma exceção. Recentemente, produções como “Emilia Pérez” e “O Brutalista” se envolveram em polêmicas devido ao uso dessa tecnologia em aspectos cruciais de suas filmagens. Essa situação levanta questões sobre a ética e os efeitos da IA no setor cinematográfico.

O impacto da inteligência artificial na indústria cinematográfica

O uso da IA em “O Brutalista” foi revelado pelo editor do filme, Dávid Jancsó, destacando o papel fundamental que essa tecnologia desempenhou na resolução de problemas de voz do elenco. Por outro lado, “Emilia Pérez” também utilizou tecnologia de IA para aprimorar a atuação vocal, salientando a influência crescente da IA em produções de Hollywood.

Cinema – Créditos: depositphotos.com / namak

Como a IA está sendo utilizada no cinema?

No contexto de “Emilia Pérez” e “O Brutalista”, a Respeecher, uma empresa ucraniana, desempenhou um papel crucial. Conhecida por desenvolver software de síntese de fala, a empresa possibilita a reprodução da voz de uma pessoa por outra por meio de inteligência artificial. Em “Emilia Pérez”, essa tecnologia foi empregada para ampliar o alcance vocal da protagonista, garantindo uma melhor atuação no musical dirigido por Jacques Audiard.

Em “O Brutalista”, a IA auxiliou na correção do dialeto húngaro falado pelos atores principais, Adrien Brody e Felicity Jones. Inicialmente, tentaram-se métodos tradicionais de substituição de diálogo, mas sem sucesso, o que levou à implementação da IA como uma solução inovadora.

Quais são as implicações éticas do uso da IA em filmes?

O uso de IA em filmes levanta vários debates éticos, especialmente com relação à substituição de tarefas que tradicionalmente requerem talentos humanos. Há um temor crescente de que a tecnologia possa comprometer empregos em Hollywood, substituindo atores e equipes de produção. O uso de IA em dublagens e ajuste de vocais é visto com cautela por profissionais que consideram a tecnologia uma ameaça potencial aos métodos convencionais.

Além das preocupações ligadas ao emprego e à economia, há questões sobre autenticidade e a identidade artística das atuações. Será que uma atuação vocal enriquecida por IA mantém a integridade artística do ator?

Filme O Brutalista – Créditos: Divulgação/Universal Pictures

Respeecher: da Ucrânia para o mundo

A Respeecher, fundada em 2018 na Ucrânia por Alex Serdiuk, Dmytro Bielievtsov e Grant Reaber, rapidamente se tornou um nome de destaque na indústria. Desde então, a companhia tem colaborado com grandes estúdios de Hollywood e empresas de videogames. Eles se destacam por trabalhar em projetos notáveis, como revitalizar a voz de Luke Skywalker na série “The Mandalorian” e dar vida à voz de Darth Vader na série “Obi-Wan Kenobi”.

Mesmo enfrentando desafios significativos, como o contexto político do país, a empresa conseguiu manter suas operações e se destacou pelo seu papel inovador no uso da inteligência artificial em produções audiovisuais.

Quais são as perspectivas futuras para a IA no cinema?

O futuro da inteligência artificial no cinema parece promissor, mas também desafiador. À medida que a tecnologia evolui, é provável que o seu uso se expanda para outras áreas da produção cinematográfica, proporcionando maior flexibilidade e inovação. Entretanto, a indústria precisa enfrentar os debates éticos e regulamentar o uso da tecnologia para garantir que a IA complemente, e não substitua, o talento humano.

Com a crescente adoção da IA no cinema, é essencial que produtores e criadores trabalhem colaborativamente para utilizar a tecnologia de forma responsável, assegurando que as contribuições humanas continuem sendo uma parte valiosa do processo criativo.

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