Facções lucram mais com combustível do que com drogas, diz estudo

Facções criminosas vêm potencializando os lucros por meio dos crimes de lavagem de dinheiro, esquemas de fraude fiscal e adulteração de combustíveis, revelou o estudo “Follow the products” do FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública). A prática criminosa tem implicações significativas para a economia formal e a arrecadação tributária.

O estudo traz uma estimativa sobre a receita anual do crime organizado a partir do ano de 2022. O dinheiro proveniente de atividades ilícitas com combustíveis e lubrificantes aparece em primeiro lugar, com um total estimado de R$ 61,5 bilhões, representando 41,8% da receita do crime organizado, de R$ 146,8 bilhões.

Operações deflagradas pela PF (Polícia Federal) revelaram esquemas bilionários de facções criminosas que utilizavam postos de combustíveis para lavar dinheiro proveniente de atividades ilegais, incluindo o tráfico de drogas. 

A atuação das facções no setor faz o uso de empresas de fachada, manipulação de notas fiscais e operações interestaduais fraudulentas para evitar a tributação, afetando diretamente a arrecadação de impostos, ampliando a precariedade dos serviços públicos.

O estudo também indica que, entre julho de 2023 e julho de 2024 –um outro recorte de tempo–, o crime organizado lucrou R$ 186 bilhões provenientes de cibercrimes e roubos. Eis a íntegra do levantamento (PDF – 2,9 MB).

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