Indústrias europeias rejeitam intervenção da UE nos preços do gás

As indústrias europeias de comércio de gás e energia apelaram à UE (União Europeia) para não impor um limite aos preços do gás. O pedido foi feito em resposta às discussões em Bruxelas sobre como proteger consumidores e empresas dos crescentes custos de energia.

A Comissão Europeia está desenvolvendo um conjunto de medidas, que será apresentado em 26 de fevereiro, visando a aumentar a competitividade das indústrias e diminuir os preços da energia. Recentemente, os preços do gás na Europa atingiram um pico de 2 anos, alcançando 58 euros por MWh, devido à condições climáticas adversas e à redução dos estoques de gás.

O aumento tem levantado preocupações sobre a competitividade das empresas europeias em relação às dos Estados Unidos e da China. A indústria teme que a imposição de um teto de preços pelo bloco, após o término de uma medida semelhante que expirou sem ser acionada, possa desestabilizar os mercados energéticos europeus e comprometer a segurança do fornecimento de energia.

Em uma carta à presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, grupos da indústria expressaram preocupação de que um teto de preços poderia prejudicar a confiança no preço de referência do gás do bloco, além de incentivar a busca por preços de referência fora do bloco e dificultar a atração de cargas de gás natural liquefeito em um mercado global competitivo.

Apesar das especulações, um alto funcionário da União Europeia informou à Reuters que a proposta de um teto de preços não está sendo considerada.

O primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Stoere (Partido Trabalhista, centro-esquerda), mencionou que a ideia de limitar os preços do gás já havia sido discutida anteriormente com a Europa, e que Bruxelas reconheceu que essa não seria a solução para os altos preços do gás. Atualmente, país é o principal fornecedor de gás da Europa.

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