Monster Hunter Wilds – Preview



A data de lançamento de Monster Hunter Wilds está cada vez mais próxima, e para revelar mais detalhes sobre seu grande título do ano de 2025, a Capcom convidou o PSX Brasil para um hands-on de cerca de cinco horas em São Paulo. Durante essa experiência, tivemos a oportunidade de participar de emocionantes caçadas, enfrentando tanto novos monstros quanto alguns que retornam de jogos anteriores da franquia. Além disso, nos deparamos com várias novidades e com momentos que revelam uma campanha mais focada na narrativa.

Antes de mais nada, vale sempre lembrar que, embora a data oficial de lançamento do jogo esteja perto, a build que jogamos ainda é uma versão em desenvolvimento. Por isso, foi recomendado para que não revelássemos detalhes sobre as estatísticas de armas e armaduras, assim como momentos-chave da história, a fim de evitar spoilers.

Monster Hunter Wilds

A prévia foi dividida em duas sessões. Na primeira, controlamos o caçador durante o capítulo inicial da campanha. Esse trecho foi o mais extenso da experiência, no qual exploramos dois mapas distintos e enfrentamos um total de sete monstros principais. Embora alguns desses inimigos já tivessem aparecido nos testes beta públicos, em trailers e showcases, a dinâmica de enfrentá-los dentro do contexto da campanha se mostrou bastante divertida. Cada caçada bem-sucedida introduziu novas mecânicas de jogo e revelou mais informações sobre o grupo de personagens, que seguiam em sua missão em busca pelos protetores.

Tudo foi pensado para ser mais intuitivo e direto. O deslocamento pelos mapas é ágil e eficiente, com o auxílio do Seikret, uma das boas inspirações que o título trouxe de Monster Hunter Rise. Além disso, a introdução dos pontos de foco nos monstros simplifica algumas batalhas para aqueles que souberem usar essa mecânica de forma estratégica.

Claramente, o jogo passa a impressão de estar mais acessível no início, mas ainda mantém mecânicas que precisam ser dominadas conforme novas áreas e caçadas são reveladas. Isso ficou mais óbvio na segunda parte do hands-on, quando tivemos acesso a um save mais avançado na campanha.

Monster Hunter Wilds

Logo ao iniciarmos os testes, uma funcionalidade que se destacou foi a disponibilidade de três modos de jogo: qualidade, balanceado e desempenho. Para esta prévia, optamos pelo modo de desempenho. Com a dinâmica dos mapas, que incluem um mundo em constante mudança devido a efeitos climáticos e as frequentes alterações nos cenários causadas pela destruição provocada pelos monstros, a performance se manteve consistente, mesmo em situações consideradas críticas.

A batalha inicial foi contra o Chatacabra, o primeiro monstro principal da campanha. Com uma aparência anfíbia, semelhante a um grande sapo, ele habita as Planícies Zéfiras. Como já o havíamos enfrentado algumas vezes durante o beta, a luta acabou sendo relativamente fácil. Os principais desafios nesse combate são evitar seus ataques com a língua e, especialmente, uma investida que costuma nocautear o caçador.

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Após derrotarmos o monstro, retornamos à vila acompanhados de Y’Sai para entregar uma encomenda de mel a um sujeito chamado Jack. Em agradecimento, ele nos presenteia com itens úteis para as caçadas futuras, incluindo os binóculos, o manto de camuflagem, a grelha portátil e a vara de pesca. Foi também nesse momento que realizamos o primeiro upgrade na Espada Longa, a arma que escolhemos como primária para os testes iniciais.

Dando continuidade à campanha, saímos novamente para explorar as planícies até nos depararmos com uma cena hilária. Um grupo de Palicos, transportando um carregamento de carne, foi surpreendido pelo ataque de um monstro. Portadora de uma aparência que lembra um galo gigante, a Quematrice é uma serpe de cauda avantajada que utiliza movimentos circulares para deixar rastros de fogo no chão. Embora a luta não tenha sido muito difícil, exigiu um pouco mais de atenção para evitar o status de queimado, algo que pode ser prejudicial em estágios iniciais do jogo.

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De volta ao acampamento, aprendemos a preparar pratos personalizados para aprimorar as estatísticas de vigor, vida e poder. Aproveitamos também os materiais obtidos do espólio da Quematrice para forjar as Duplas-lâminas da serpe, que, como era de se esperar, possuem o efeito elemental de fogo.

O próximo destino da aventura nos levou até a vila de Kunafa, também conhecida como a Aldeia dos Ventos Cantantes. Lá, conhecemos uma anciã chamada Ella, que nos alertou sobre os perigos de uma tempestade de areia que forçou a migração de um bando de Doshagumas. Esse aviso leva o grupo de aventureiros a investigar a área da Floresta Escarlate, um local que se caracteriza por árvores de copas altas, rios de corredeiras agitadas e pelos riachos com água vermelha, que conferem à região uma atmosfera sombria.

Enquanto procurávamos por rastros do bando de Doshagumas, o grupo foi surpreendido por aquele que acreditamos ser o monstro mais estiloso da parte inicial do jogo: Lala Barina. Esse Temnocerano de aparência aterrorizante se move em saltos espirais, como se estivesse executando uma dança mortal, atacando com suas quelíceras e ferrão. Além disso, revela um botão de flor em seu tórax, de onde sai um pólen capaz de paralisar o caçador.

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Após vencer mais essa intensa batalha, o grupo retorna ao acampamento provisório para encontrá-lo sendo revirado pelos Wudwuds, uma tribo de Lynianos que habita a floresta. Essas simpáticas criaturas pedem a ajuda do caçador para eliminar um monstro que dizem possuir uma pelagem rosada. E, para surpresa de todos, o monstro em questão é nada menos que o Congalala, mais um inimigo que retorna em Monster Hunter Wilds.

Com a aparência de um gorila com cara de hipopótamo, essa criatura é capaz de alterar seus ataques elementais conforme sua alimentação, podendo até roubar cogumelos que o caçador estiver carregando durante a luta. Além de liberar gases pútridos e cuspir fogo, o Congalala se movimenta rapidamente, atacando com suas garras e desferindo poderosas barrigadas no chão. Para tornar a batalha ainda mais desafiadora, outros espécimes menores aparecem para atrapalhar os planos do caçador. Uma boa estratégia para enfrentar essa luta foi o uso das Duplas-lâminas de fogo.

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Com essa etapa da floresta superada, era hora de retornar às planícies para continuar a perseguição aos rastros do Doshaguma. A sequência de batalhas a partir desse ponto se tornou mais intensa, o que nos levou a aproveitar os materiais coletados para forjar armaduras com maior capacidade de defesa. Embora a combinação das peças do set do Chatacabra com as de Lala Barina não tenha produzido um efeito visualmente harmonioso, ela cumpriu seu papel, garantindo a proteção necessária até o final do capítulo.

A luta contra o Doshaguma Alfa se aproximava, e finalmente era hora de confrontar a fera. No entanto, durante o percurso o grupo é surpreendido por um bando de Balaharas. Nesse trecho de ação, os efeitos do terreno se intensificaram. Buracos abertos pelo leviatã da areia tornavam o combate ainda mais dinâmico, colocando o caçador em constante perigo. O maior obstáculo aqui era lidar com as variações climáticas, o solo inclinado e um redemoinho de areia que se formava devido às ações do monstro ao se enterrar sob a terra para tentar surpreender o caçador.

Monster Hunter Wilds

Após derrotar o Balahara, ainda era necessário isolar o Doshaguma Alfa do restante de seu bando. Nesse momento, ficou ainda mais evidente como a performance estava agradável, tamanha a quantidade de informações que apareciam na tela. O confronto contra o Doshaguma teve seus momentos marcantes, mas acabou sendo superado com rapidez, graças à familiaridade que adquirimos com a luta durante o primeiro beta aberto.

Para concluir essa sequência emocionante, retornamos rapidamente ao acampamento, apenas para nos prepararmos para a batalha final. O confronto nos levaria novamente à Floresta Escarlate, desta vez em direção à região mais turbulenta do rio, onde enfrentaríamos o predador máximo das águas: Uth Duna.

A batalha contra um inimigo desse porte já seria desafiadora por si só, mas para torná-la ainda mais dinâmica, ela começa em um trecho do rio em que a correnteza e a chuva torrencial se transformam em grandes obstáculos. Desviar e correr nesse ambiente é exaustivo, e o inimigo usa sua anatomia de forma astuta para tirar proveito de cada elemento do cenário, ganhando uma vantagem significativa.

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Mais uma vez, as Duplas-lâminas de fogo se mostraram uma boa escolha para o combate corpo a corpo. No entanto, para essa batalha, também optamos por carregar como arma secundária um Arco, devidamente melhorado na forja. Ele foi essencial para atingir os pontos de foco do Uth Duna à distância, enquanto tentamos manter uma posição mais perto da margem do rio, garantindo maior mobilidade. No final, a caçada não só encerrou esse trecho do teste de forma empolgante, como também confirmou as variadas dinâmicas que os mapas de Monster Hunter Wilds são capazes de oferecer.

Partindo para a segunda fase dos hands-on, tivemos acesso a um save em uma parte mais avançada da campanha, com o objetivo de caçar dois monstros. A partir desse momento, a Capcom impôs mais restrições sobre o conteúdo disponível para exploração. Por isso, não foi possível determinar exatamente em que ponto da história essas batalhas se inserem, nem acessar a forja ou interagir com os NPCs.

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O mapa em questão era a Bacia Oléida, uma região repleta de cavernas onde o óleo brota constantemente do solo. Em uma dessas cavernas, reside o Rompopolo, um monstro peculiar que lembra um mosquito gigante. Sua genética única lhe permite disparar um gás tóxico da ponta de sua língua e inflar seu corpo para injetar gás no chão, provocando explosões de óleo que podem lançar o caçador para o alto.

Explorar bem o cenário da Bacia Oléida pode proporcionar uma grande vantagem nessa luta, já que as poças de óleo podem ser facilmente incendiadas. No entanto, é preciso ter cautela ao usar munições e outros itens explosivos, para evitar danos inesperados.

Essa foi uma das batalhas mais divertidas que enfrentamos durante o teste, não só pelas características do cenário em constante transformação, mas também pela forma como o monstro altera sua aparência e estrutura corporal à medida que interage com o ambiente.

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Após derrotar o Rompopolo, chegou o momento de enfrentarmos a batalha final dessa aventura. No entanto, a despedida do hands-on trouxe a melhor surpresa das cinco horas de diversão: a possibilidade de lutar contra Nercylla.

Esse que é considerado por muitos fãs da série como o melhor monstro da classe dos Temnoceranos, e que foi revelado de forma oficial no showcase mais recente de Monster Hunter Wilds, é capaz de se movimentar com rapidez cruzando e se pendurando pelos cenários com suas teias para surpreender os caçadores. Além disso, Nercylla também possui ataques que causam status de veneno e de sono. Uma outra habilidade marcante do monstro é imobilizar seus adversários com teias para que possa acertá-los com golpes devastadores.

Sem dúvida, essa batalha foi o ponto alto de todo o teste, deixando-nos não apenas com uma impressão ainda mais positiva do que a que tivemos no beta, mas também com uma enorme vontade de finalmente encarar todas as caçadas eletrizantes que Monster Hunter Wilds nos reserva. Felizmente, 28 de fevereiro está logo ali.

O PSX Brasil gostaria de agradecer a Capcom pela oportunidade de participar da preview de Monster Hunter Wilds.

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