Carros autônomos podem substituir motoristas de app em até 15 anos, diz CEO da Uber

Nos últimos anos, a indústria de transportes passou por diversas transformações tecnológicas. As empresas de mobilidade urbana ampliaram suas operações para além das caronas tradicionais, incorporando novos serviços e tecnologias que podem impactar diretamente o mercado de trabalho. Entre essas mudanças, a introdução de veículos autônomos se destaca como um dos avanços mais significativos.

Pontos Principais:

  • Uber estima que motoristas de aplicativo serão substituídos por veículos autônomos em até 15 anos.
  • Nos próximos dez anos, a previsão é que haja uma rede híbrida com motoristas humanos e carros autônomos.
  • Empresas testam robotáxis nos Estados Unidos e na China para avaliar a viabilidade da tecnologia.
  • Impacto no mercado de trabalho preocupa autoridades e pode exigir alternativas para os motoristas.

O CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, afirmou recentemente que os motoristas de aplicativo poderão ser substituídos por carros autônomos dentro de 15 anos. Em entrevista durante o Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, na Suíça, ele destacou que o setor está caminhando para um modelo híbrido nos próximos anos, combinando condutores humanos e veículos sem motorista. Essa transição, segundo ele, ocorrerá gradativamente até que a tecnologia se torne predominante.

China e EUA já testam robotáxis. Empresas como Baidu, Didi e Waymo realizam operações sem motoristas. Os resultados desses testes serão decisivos para a expansão global dessa tecnologia - Imagem gerada por IA.
China e EUA já testam robotáxis. Empresas como Baidu, Didi e Waymo realizam operações sem motoristas. Os resultados desses testes serão decisivos para a expansão global dessa tecnologia – Imagem gerada por IA.

O impacto dessa mudança não se limita apenas à substituição de trabalhadores. Empresas e autoridades precisarão lidar com questões relacionadas à adaptação do mercado de trabalho, segurança viária e regulamentação. Segundo Khosrowshahi, essa é uma discussão que deve ser feita de forma ampla, pois não existem respostas fáceis para os desafios que surgirão ao longo do processo.

Previsão da Uber para a transição

Dara Khosrowshahi acredita que nos próximos dez anos os motoristas de aplicativo ainda terão vantagens financeiras ao atuar no setor. No entanto, a longo prazo, a tendência é que as redes de transporte sejam compostas majoritariamente por veículos autônomos. A estimativa é baseada no avanço da tecnologia e na redução de custos que os sistemas automatizados podem proporcionar.

A Uber já tem diversificado suas operações para oferecer alternativas aos motoristas. Além das caronas por aplicativo, a empresa investiu em serviços como delivery, compras assistidas e rotulagem de mapas. Segundo Khosrowshahi, essa diversificação pode auxiliar os condutores na transição para outras atividades no futuro.

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Os testes com carros autônomos já acontecem em diferentes países. Na China, empresas como Baidu e Didi realizam experimentos com robotáxis. Nos Estados Unidos, a Waymo, subsidiária da Alphabet, opera veículos sem motorista em algumas regiões da Califórnia. A Uber acompanha esses avanços para definir sua estratégia de implementação nos próximos anos.

Carros autônomos e segurança no trânsito

O CEO da Uber argumenta que, no futuro, veículos autônomos serão mais seguros do que os conduzidos por humanos. Segundo ele, máquinas podem acumular horas de treinamento sem distrações, o que reduziria a quantidade de acidentes fatais. Atualmente, mais de um milhão de pessoas morrem em acidentes de trânsito todos os anos, número que pode diminuir com a adoção da tecnologia.

Entretanto, especialistas apontam desafios para a implementação em larga escala. Além da confiabilidade dos sistemas autônomos, é necessário considerar fatores como infraestrutura urbana, regulamentação e aceitação pública. A adaptação das cidades e a definição de normas para a operação desses veículos são pontos que precisarão ser debatidos antes da substituição completa dos motoristas humanos.

A Uber destaca que está atenta a essas questões e defende uma abordagem gradual para a introdução dos carros autônomos. O objetivo da empresa é minimizar impactos negativos e garantir que a transição ocorra de forma segura e eficiente. Para isso, a companhia pretende investir em pesquisas e colaborar com órgãos reguladores para definir diretrizes para o futuro da mobilidade.

Impactos no mercado de trabalho

A substituição dos motoristas por veículos autônomos pode gerar transformações significativas no mercado de trabalho. Atualmente, milhões de pessoas ao redor do mundo dependem do transporte por aplicativo como principal fonte de renda. Com a chegada dos carros sem motorista, essa ocupação poderá deixar de existir, exigindo que trabalhadores busquem novas oportunidades.

Dara Khosrowshahi reconhece esse desafio e sugere que a sociedade deve se preparar para essa mudança. Ele menciona que a Uber estuda a possibilidade de oferecer treinamentos para motoristas que desejem migrar para outras funções dentro da empresa ou para novos setores da economia.

A longo prazo, a transição para veículos autônomos pode modificar a estrutura do setor de transportes. Profissões relacionadas à manutenção, monitoramento e desenvolvimento de inteligência artificial podem ganhar mais relevância. Empresas e governos precisarão encontrar formas de equilibrar essa transformação para evitar impactos sociais severos.

Experimentos com robotáxis pelo mundo

Testes com carros autônomos já estão em andamento em diversas partes do mundo. Na China, a Baidu e a Didi operam veículos sem motorista para transporte de passageiros. Os experimentos vêm sendo conduzidos em cidades selecionadas para avaliar a viabilidade da tecnologia antes de uma implementação mais ampla.

Nos Estados Unidos, a Waymo realiza testes em regiões como San Francisco e Phoenix. A empresa utiliza uma frota de veículos equipados com sensores avançados e inteligência artificial para operar sem intervenção humana. Esses testes têm sido monitorados por autoridades para avaliar a segurança e eficiência dos sistemas.

A Uber também realizou testes com carros autônomos no passado, mas enfrentou desafios técnicos e regulatórios. Atualmente, a empresa acompanha os avanços do setor e pode retomar os experimentos à medida que a tecnologia se torne mais confiável e aceita pelo público.

Desafios para a implementação global

Embora a tecnologia dos carros autônomos esteja avançando, sua implementação em larga escala ainda depende de diversos fatores. Infraestrutura, legislação e aceitação dos usuários são elementos fundamentais para que a substituição dos motoristas ocorra de maneira eficiente.

Países e cidades precisarão atualizar suas regulamentações para permitir a operação desses veículos. Isso inclui a definição de responsabilidades em caso de acidentes, normas para testes e requisitos para fabricantes. Além disso, a modernização da infraestrutura viária pode ser necessária para garantir a segurança das operações.

Outro ponto relevante é a aceitação do público. Muitos passageiros ainda demonstram receio em utilizar veículos sem condutor. A Uber e outras empresas do setor terão o desafio de demonstrar que a tecnologia é segura e vantajosa, o que pode demandar campanhas de conscientização e períodos de adaptação.

Fonte: Otempo, Exame, Rafaspol e Uol.

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