Prefeitura do Rio oferece creche para filhos de ambulantes no Carnaval

Os ambulantes que trabalham no Carnaval do Rio de Janeiro poderão contar, este ano, com um espaço seguro para deixar seus filhos enquanto trabalham nos blocos e desfiles. 

A Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) anunciou a ampliação do serviço de creche temporária, que atenderá crianças de até 12 anos em um centro de convivência localizado no centro da cidade.

A medida visa garantir mais segurança e bem-estar para as crianças e permitir que pais e mães ambulantes trabalhem com mais tranquilidade. 

Entenda como os ambulantes do Rio poderão contar com creche gratuita para seus filhos durante o Carnaval e saiba como garantir uma vaga.

Como funcionará a creche para filhos de ambulantes?

O espaço de acolhimento será instalado no Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDI) Rachel de Queiroz, na Avenida Presidente Vargas, próximo ao Sambódromo da Marquês de Sapucaí.

Principais detalhes do serviço:

• Público atendido: crianças de até 12 anos, filhos de ambulantes credenciados
• Funcionamento: das 18h às 6h, durante ensaios e desfiles na Sapucaí
• Infraestrutura: alimentação, atividades recreativas e culturais
• Vagas: serão 50 por noite, cerca do dobro da oferta de 2024

O serviço será oferecido de 25 de janeiro a 8 de março, período que inclui ensaios técnicos, desfiles e o pós-Carnaval.

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Além do atendimento no local, equipes de assistentes sociais e educadores farão uma busca ativa nas ruas, identificando famílias que precisem do serviço e convidando-as a utilizar o espaço.

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Demanda por mais creches e ampliação do atendimento

A iniciativa é vista como um avanço, mas as trabalhadoras ambulantes destacam que ainda há desafios a serem enfrentados. 

Elas reivindicam que:

• O serviço seja expandido para outras regiões da cidade, já que os blocos acontecem em diferentes pontos
• A creche funciona também durante o dia, já que muitos ambulantes começam a trabalhar de manhã
• O espaço seja disponibilizado em outros grandes eventos do Rio de Janeiro, além do Carnaval

O movimento Elas por Elas Providência, que reúne mulheres trabalhadoras informais, luta há anos por esse direito. 

A coordenadora do coletivo, Carol Alves, explica que a falta de uma rede de apoio faz com que muitas mães precisem levar os filhos para os blocos, submetendo as crianças a longas jornadas e altas temperaturas.

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A realidade das mães ambulantes no Carnaval

A ambulante Taís Lopes, que trabalha no Carnaval há 8 anos, relata as dificuldades de levar a filha pequena para as ruas enquanto vende bebidas.

“Eu carrego minha filha o tempo todo, desde quando vou comprar bebida até quando vendo. Se tivesse um lugar seguro para deixar, eu trabalharia mais tranquila.”

Para muitas mães solo, a falta de um local adequado significa ter que transportar as crianças por longas distâncias, sem infraestrutura para descanso, alimentação adequada ou higiene.

A creche temporária para filhos de ambulantes representa uma conquista importante para os trabalhadores informais do Carnaval do Rio, proporcionando mais segurança para as crianças e tranquilidade para os pais.

No entanto, a demanda por expansão do serviço segue crescendo. 

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Trabalhadoras defendem que a iniciativa seja ampliada para outras regiões, funcione também durante o dia e seja oferecida em outros eventos ao longo do ano.
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