Netanyahu dá pager dourado a Trump em alusão ao ataque no Líbano

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deu ao presidente Donald Trump (Partido Republicano) um pager dourado durante sua visita aos Estados Unidos na 3ª feira (4.fev.2025). O presente faz alusão ao ataque israelense contra o Hezbollah, no Líbano, em setembro de 2024.

Na operação, Israel inseriu explosivos em pagers e walkie-talkies do Hezbollah. As múltiplas explosões dos dispositivos causaram a morte de pelo menos 37 pessoas, incluindo crianças, e feriram quase 3.000, a maioria civis, segundo autoridades de saúde libanesas.

Formulário de cadastro

alertas grátis do Poder360

concordo com os termos da LGPD.

Inscreva-se

Inscreva-se

O pager dourado, montado em uma peça de madeira, traz uma placa dourada com os dizeres: “Ao presidente Donald J. Trump. Nosso maior amigo e maior aliado. Primeiro-ministro Benjamin Netayahu“.

Autoridades israelenses ouvidas pela CNN confirmaram a intenção do presente. Netanyahu também ofereceu a Trump um pager normal, reforçando a referência à operação militar.

Fontes ouvidas pela agência Associated Press afirmaram que Trump, ao receber o presente, reconheceu a magnitude da operação, comentando: “Essa foi uma grande operação”.

Em resposta, Trump deu a Netanyahu uma fotografia de ambos autografada com a mensagem: “Para Bibi, um grande líder!”, divulgada no Instagram por Yair Netanyahu, filho do Primeiro-Ministro.

Além da troca de presentes, o encontro foi marcado por uma declaração de Trump sobre a possibilidade de os Estados Unidos “assumirem” Gaza e reassentarem a população palestina em outro lugar – de preferência no Egito e na Jordânia.

Netanyahu considerou que não havia nada de errado na proposta feita pelo presidente americano. “Quero dizer, o que há de errado nisso? Eles podem partir, podem voltar, podem se mudar e voltar. Mas é preciso reconstruir Gaza”, afirmou Netanyahu, em entrevista à Fox News. “Esta é a 1ª boa ideia que ouvi. É uma ideia notável e acho que deveria ser realmente perseguida, examinada e realizada, porque acredito que criará um futuro diferente para todos.”

A sugestão de fazer do território palestino uma “Riviera” no Oriente Médio provocou intensas reações de aliados e adversários do governo norte-americano. O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi um dos que discordou da fala de Trump e afirmou que os EUA deveriam “tentar cuidar” da Palestina.

A operação no Líbano, referenciada pelo presente de Netanyahu, foi uma das mais letais contra o Hezbollah, e representou um momento significativo nas relações entre Israel e o grupo militante.