Moedas globais: dólar opera em alta ante maioria das moedas, de olho em tarifas e payroll

O dólar operou em alta nesta sexta, 7, ante a maioria das moedas, em mais uma sessão na qual os mercados cambiais observaram com grande atenção aos desdobramentos das disputas tarifárias desencadeadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O dia contou ainda com a divulgação de indicadores importantes da economia americana, com destaque para o payroll de janeiro.

O índice DXY, que mede a variação do dólar ante seis principais moedas, fechou em alta de 0,32%, a 108,040 pontos. Ao final do dia em Nova York, o dólar era cotado em queda a 151,41 ienes. A libra esterlina cedia a US$ 1,2404. O euro recuava a US$ 1,0327. A moeda americana subia a 20,5660 pesos mexicanos e caia a 1,4294 dólar canadense.

O Trump confirmou que deve anunciar tarifas recíprocas a outros países na semana que vem. “É a forma mais justa de se fazer isso”, afirmou. O Financial Times divulgou que a União Europeia oferecerá uma redução de tarifas sobre as importações de automóveis dos Estados Unidos como parte de um acordo para evitar uma guerra comercial.

“O impulso do dólar resultante dos anúncios de tarifas no fim de semana passado revelou-se de curta duração e, apesar de ter subido um pouco em resposta ao payroll, o dólar deverá terminar a semana em baixa face à maioria das moedas. É mais claro do que nunca que os investidores vão esperar para ver as tarifas serem realmente impostas – e talvez permanecerem em vigor durante algum tempo – antes de as fixarem totalmente”, aponta a Capital Economics.

“Em última análise, pensamos que tarifas universais de 10% (e mais sobre a China) chegarão no segundo trimestre e darão então um impulso mais sustentado ao dólar. E entretanto, pensamos que as diferenças de rendimento oscilarão a favor do dólar, à medida que o Fed permanece à margem e outros grandes bancos centrais que devem cortar mais taxas do que o atualmente é descontado nos mercados”, aponta a consultoria.

Hoje, o Banco Central Europeu (BCE) divulgou um relatório apontando espaço para mais cortes visando chegar na taxa real de juros neutra. Para o quarto trimestre de 2024, as estimativas do banco apontam para uma faixa de valores para a taxa entre -0,5% e +0,5%, enquanto a taxa nominal ficaria entre 1,75% e 2,25%. No entanto, o BCE deixou claro que esses intervalos devem ser vistos como “indicativos”, devido à incerteza que envolve essas medições.

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