Palestinos deslocados pela guerra voltam para casa em Gaza


As Nações Unidas calculam que 90% dos palestinos da Faixa de Gaza tiveram que abandonar suas casas durante o conflito. A maior parte deles morava no norte do território. Milhares de palestinos deslocados pelo conflito na Faixa de Gaza puderam voltar nesta segunda-feira (27) para as cidades em que viviam, em mais uma etapa do cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas.
Era gente a perder de vista. Dezenas de milhares de palestinos que caminhavam com pressa, carregando nas sacolas o pouco que restou. As Nações Unidas calculam que 90% dos palestinos da Faixa de Gaza tiveram que abandonar suas casas durante o conflito. A maior parte deles morava norte do território.
Nesta segunda-feira (27), finalmente, puderam voltar. No meio da multidão, dois irmãos gêmeos se reencontraram. Um deles diz:
“Eu senti muito a sua falta. Obrigado, meu Deus!”.
Palestinos deslocados pela guerra voltam para casa em Gaza
Jornal Nacional/ Reprodução
Já o Mohamed abraçou a mãe, o pai e o irmão. Ele contou que ficou sozinho, longe da família, por um ano e quatro meses. Um homem mostra onde morava:
“É uma pilha de escombros. Nossas roupas, dinheiro… Estava tudo aqui”, conta.
O retorno dos civis só foi autorizado na noite de domingo (26), depois que os mediadores resolveram um impasse de última hora. Israel tinha acusado o Hamas de descumprir o acordo de cessar-fogo. É que as mulheres civis tinham que ser libertadas antes das militares e, no último fim de semana, os terroristas libertaram quatro integrantes das Forças Armadas. Mas a civil Arbel Yehoud ficou fora da lista. No domingo (26), tarde da noite, o Hamas concordou em soltar Yehoud e mais dois reféns antes de sexta-feira (31) e outros três no sábado (1º).
Palestinos deslocados pela guerra voltam para casa em Gaza
Jornal Nacional/ Reprodução
Israel tem questionado o Hamas sobre as condições de saúde dos reféns. Nesta segunda-feira (27), um porta-voz do governo israelense declarou que recebeu dos terroristas uma lista. Do total de 33 pessoas a serem libertadas nessa primeira fase, oito estão mortas. Os nomes ainda não foram revelados.
Até agora, sete reféns israelenses deixaram o cativeiro. Algumas delas foram mantidas por mais de oito meses seguidos dentro de túneis, sem luz do sol, e sem contato com outras pessoas – relataram os médicos das Forças Armadas de Israel.
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