Preços de alimentos disparam e aumentam sensação de inflação elevada

Embora o IPCA oficial de 2024 tenha registrado um aumento de 4,83%, muitos brasileiros têm a sensação de que a inflação é bem mais alta, especialmente devido ao aumento expressivo dos alimentos, que subiram 7,69%. 

Economistas explicam que, enquanto o índice geral mede uma ampla cesta de produtos e serviços, o impacto é desigual, variando de acordo com a renda e a região.

Entenda por que a inflação oficial de 4,83% em 2024 não reflete o impacto real no bolso das famílias e como a alta de alimentos intensifica essa percepção.

O impacto do aumento dos alimentos

O grupo “Alimentação e bebidas” liderou as altas de 2024, contribuindo diretamente para a sensação de encarecimento do custo de vida

Segundo especialistas, produtos básicos, como leite e carne, são os que mais influenciam essa percepção por serem itens de compra frequente e essenciais.

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O impacto do aumento dos alimentos foi sentido com mais força pelas famílias de baixa renda, que destinam grande parte de seu orçamento à compra de itens básicos.

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Diferença de percepção entre classes sociais

Famílias com renda de até um salário mínimo sentem um impacto muito maior da alta dos alimentos do que aquelas com maior renda, que também gastam com itens de menor recorrência, como viagens e eletrodomésticos.

O IPCA inclui uma ampla variedade de produtos e serviços, desde alimentos até passagens aéreas e automóveis, o que torna o índice uma média que nem sempre reflete a realidade de quem tem gastos mais concentrados em produtos básicos.

Desaceleração ou deflação: a confusão comum

Outro fator que causa confusão é a diferença entre desaceleração da inflação e deflação. 

Enquanto a deflação representa uma queda real dos preços, a desaceleração indica apenas que os preços estão subindo em ritmo mais lento, mas ainda em alta.

Por exemplo, a previsão de menor alta do preço do café em 2025 não significa que ele ficará mais barato, mas que seu aumento será mais moderado.

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Expectativa pessimista dos consumidores

Pesquisas mostram que os consumidores frequentemente acreditam que a inflação será mais alta do que o índice oficial. 

Esse pessimismo é alimentado pelo aumento percebido dos preços dos produtos básicos e pela memória recente de altas históricas, como a de 10,06% em 2021, durante a pandemia de Covid-19.

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A diferença entre a inflação oficial e a percepção popular reforça a importância de políticas que considerem o impacto diferenciado dos preços na população de baixa renda. 

Para os economistas, além de controlar a inflação, é necessário ampliar o acesso a informações para esclarecer conceitos econômicos e reduzir a sensação de incerteza e insegurança financeira.

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