Aluguéis residenciais sobem 13,5% em 2024 e superam a inflação oficial

O mercado imobiliário brasileiro registrou um forte aumento nos preços de aluguéis residenciais em 2024. 

Especialistas apontam que o cenário reflete o fortalecimento da economia, especialmente a melhora no mercado de trabalho, que impulsionou a demanda por imóveis.

Saiba quais capitais registraram as maiores altas nos aluguéis residenciais e entenda como o desempenho econômico influenciou os reajustes.

Alta impulsionada pelo mercado de trabalho

A recuperação do mercado de trabalho foi um fator determinante para a alta nos aluguéis. 

A taxa de desemprego caiu para 6,1% no trimestre encerrado em novembro, o menor índice da série histórica iniciada em 2012.

Com mais pessoas empregadas, o poder de compra aumentou, elevando a procura por imóveis. 

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A economista Paula Reis, do DataZAP, destacou: “Com mais renda disponível, a busca por imóveis cresceu, tornando o mercado de locação mais competitivo e pressionando os preços.”

Além disso, o aumento nas taxas de financiamento imobiliário dificultou a compra de imóveis, levando mais pessoas a optarem pelo aluguel, o que reforçou o aumento dos preços.

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Capitais com os maiores aumentos

Entre as capitais monitoradas pelo Índice FipeZAP, Salvador foi a cidade com a maior alta, registrando um aumento de 33,07% em 2024. 

Outras cidades com altas expressivas foram:

  • Campo Grande–MS: 26,55%
  • Porto Alegre–RS: 26,33%
  • Recife–PE: 16,17%

A capital alagoana, Maceió, foi a única a não apresentar alta real nos aluguéis, registrando uma variação de 3,35%, abaixo da inflação oficial.

Especialistas apontam que as altas regionais estão relacionadas a diferentes fatores, como a dinâmica local do mercado de trabalho e a oferta de imóveis para locação.

Custo médio do aluguel

O preço médio dos novos contratos de aluguel residencial nas 36 cidades monitoradas foi de R$ 48,12 por metro quadrado em dezembro de 2024. 

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Isso significa que um apartamento de 50 m² custa, em média, R$ 2.406 por mês, um aumento de R$ 279,50 em relação ao valor de 2023, que era de R$ 2.126,50.

A cidade de Barueri–SP liderou o ranking das cidades mais caras, com um valor médio de R$ 65,41/m². 

O município de Pelotas–RS registrou o metro quadrado mais barato, custando R$ 18,61/m², o que representa um aluguel de R$ 930,50 para um imóvel de 50 m².

Expectativas para 2025

O cenário de 2025 segue desafiador, com o crédito imobiliário ainda caro devido à alta da taxa Selic, muitos consumidores devem continuar recorrendo ao aluguel, o que pode manter os preços elevados.

A economista Paula Reis alerta que, caso a taxa de juros não caia significativamente, a demanda por imóveis alugados deve permanecer alta, contribuindo para novos reajustes. 

O mercado imobiliário, portanto, deve continuar aquecido, principalmente nas grandes capitais.

Além disso, questões relacionadas à inflação de serviços e ao aumento no custo de manutenção dos imóveis também podem influenciar os preços dos aluguéis ao longo do ano.

A alta de 13,50% nos aluguéis em 2024 reforça as desigualdades sentidas pelas famílias brasileiras, sobretudo as de renda média e baixa, que destinam boa parte do orçamento ao pagamento de moradia. 

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Em 2025, o desafio será equilibrar a oferta e a demanda por imóveis sem comprometer ainda mais o orçamento das famílias.

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