Juros de financiamento imobiliário sobem; confira novas taxas

A Caixa Econômica Federal iniciou 2025 com aumento nos juros do financiamento imobiliário. Desde 2 de janeiro, as taxas subiram entre 1 e 2 pontos percentuais.

A mudança vale apenas para novos contratos e afeta modalidades como a Taxa Referencial (TR) e a Poupança Caixa, impactando o custo final da casa própria.

Os reajustes são consequências do cenário econômico atual, com alta da Selic e saída de recursos da poupança. 

Saiba os novos juros para financiamento imobiliário da Caixa e os impactos para quem comprou ou quer comprar um imóvel financiado.

Como ficaram os juros do financiamento imobiliário da Caixa?

A Caixa Econômica Federal aumentou os juros do financiamento imobiliário em até 2 pontos percentuais para novos contratos em 2025, impactando parcelas e custos totais dos imóveis.  

Confira as mudanças na Taxa Referencial (TR):

  • Até 2024: TR + 8,99% a 9,99% ao ano
  • A partir de 2025: TR + 10,99% a 11,49% ao ano

A nova taxa vale para imóveis residenciais de até R$ 1,5 milhão. Para imóveis acima desse valor, a taxa chega a 12% ao ano. Enquanto na Poupança Caixa, as mudanças foram:

  • Até 2024: remuneração da poupança + 3,10% a 3,99% ao ano
  • A partir de 2025: remuneração da poupança + 4,12% a 5,06% ao ano

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Essas modalidades utilizam recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), destinados a imóveis de até R$ 1,5 milhão.

Por que a Caixa elevou os juros?

O aumento da Caixa está ligado ao volume de saques da poupança, que superaram os depósitos em R$ 15,44 bilhões em 2024. Essa saída reduz os fundos disponíveis para financiamentos.

Outro fator é a alta da Selic, que subiu 1,75 ponto percentual em 2024, chegando a 12,25% ao ano. A expectativa é que a taxa alcance 14,25% até março de 2025, aumentando o crédito.

A Selic influencia diretamente os juros cobrados em financiamentos e empréstimos, tornando mais caro o financiamento da casa própria.

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Impacto no custo total e novas regras de financiamento

As mudanças nas taxas de juros da Caixa impactam diretamente o custo total dos financiamentos imobiliários. Para quem não realiza amortizações ao longo do contrato, o valor final pode ser maior.

Por exemplo, um comprador pode pagar R$ 100,7 mil a mais para quitar o imóvel, considerando o aumento da taxa de juros.  

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Além disso, a Caixa implementou uma redução das cotas de financiamento pelo sistema SAC, após a mudança, o financiamento caiu de até 80% para 70% do valor do imóvel.  Pelo sistema Price, o limite foi reduzido de 70% para 50% do valor do imóvel.

Essas mudanças aumentam a necessidade de planejamento financeiro para quem deseja comprar um imóvel, exigindo maior entrada inicial e impactando o custo total do crédito.  

Minha Casa, Minha Vida foi impactado?

As taxas do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) não sofreram alterações. Voltado para famílias com renda de até R$ 8 mil, o programa mantém taxas de 4,07% a 8,47% ao ano.

Imóveis de até R$ 350 mil continuam aptos para essas condições subsidiadas, garantindo acesso à habitação mesmo em um cenário de alta de juros no mercado geral. 

Quem planeja financiar um imóvel deve reavaliar as condições e buscar simulações detalhadas.

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