Principais gastos do fim e do início do ano (2025)

Impostos, matrículas, seguros e outras despesas anuais podem apertar a situação financeira de milhares de pessoas nestes períodos, por isso, é fundamental se preparar.

Para não ficar no vermelho, é essencial entender quais são os principais gastos de fim de ano e igualmente do começo do ano, para manter o controle financeiro e conseguir dar conta de tudo.

Assim, neste artigo, vamos detalhar os principais impostos e despesas do fim e do começo do ano, para que você se prepare e não esqueça nenhuma conta importante. Confira.

Quais são os gastos do início do ano?

Os primeiros meses do ano são marcados por diversas despesas recorrentes. Elas incluem impostos obrigatórios, como IPTU e IPVA, além de gastos relacionados à educação e planejamento financeiro para os meses seguintes.

As principais despesas de início de ano incluem:

• IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano): cobrado de quem possui imóveis, o IPTU é essencial para os cofres públicos municipais

• IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores): quem possui veículos deve arcar com o IPVA, cujo valor varia conforme o estado e o modelo do veículo

• Matrícula e material escolar: pais e responsáveis enfrentam custos elevados com matrícula, uniformes e material escolar. Segundo estudos, esses gastos podem representar até 20% do orçamento familiar em janeiro

• Renovação de seguros: muitos seguros de automóveis, saúde e residenciais têm vencimentos ajustados para o início do ano

• Assinaturas e taxas anuais: serviços como academias, planos de saúde e até associações costumam reajustar ou renovar contratos em janeiro

Esses gastos demandam planejamento prévio, já que muitos chegam simultaneamente e podem comprometer boa parte do orçamento.

Imposto de Renda

O Imposto de Renda (IR) é um tributo anual obrigatório cobrado pela Receita Federal sobre a renda e os ganhos acumulados por pessoas físicas e jurídicas.

O valor arrecadado é utilizado pelo governo para financiar serviços públicos como saúde, educação e infraestrutura.

As regras são alteradas periodicamente, mas as mais recentes, referentes ao ano-exercício 2025, ano-base 2024, informam que a obrigatoriedade é para quem:

• Teve rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90 no ano de 2024
• Recebeu rendimento isento, não tributável ou tributado exclusivamente na fonte acima de R$ 200 mil
• Tinha em posse bens ou direitos acima de R$ 800 mil
• Teve receita bruta de atividade rural acima de R$ 153.199,50 ou quer compensar prejuízos da atividade rural do ano-base ou anos anteriores
• Obteve ganho de capital ao vender bens ou direitos sujeitos ao IR
• Realizou operações na bolsa de valores, de mercadorias, de futuros e semelhantes
• Passou a morar no Brasil em 2024 e seguia nessa condição em 31 de dezembro

As alíquotas variam de acordo com a renda anual:

A isenção do IR é aplicável a alguns casos, como:

• Pessoas com doenças graves, como câncer, Parkinson e HIV
• Cidadãos cuja renda se limita à aposentadoria, pensão ou reforma abaixo do limite tributável
• Quem vive exclusivamente com rendimentos isentos, como aplicações na poupança.

Confira: Calculadora do Imposto de Renda: simule seu IRRF

IPTU

O Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) é um tributo municipal cobrado de proprietários de imóveis urbanos, sejam eles residenciais, comerciais ou terrenos.

O valor arrecadado é destinado a melhorias na infraestrutura das cidades, como pavimentação, iluminação e saneamento básico.

O valor do IPTU é variável, conforme alguns fatores:

• Valor venal do imóvel: definido pela prefeitura, corresponde ao preço estimado do imóvel no mercado

• Alíquota: percentual que cada município aplica sobre o valor venal. Geralmente, varia entre 0,5% e 2%

Quem paga o IPTU são os proprietários ou responsáveis legais por imóveis registrados em áreas urbanas, ou os inquilinos, caso o contrato de locação estipule essa responsabilidade.

A isenção do IPTU é um benefício concedido em situações específicas, como:

• Imóveis de aposentados: com renda limitada ou imóveis de baixo valor
• Propriedades com baixa utilização econômica: como terrenos rurais em algumas cidades
• Organizações sem fins lucrativos: como ONGs e templos religiosos

Para saber mais sobre a isenção, recomendamos que busque no site da prefeitura de sua cidade ou pessoalmente, pois os critérios são variáveis em cada localidade.

Aprenda: Aposentados e pensionistas pagam IPTU ou são isentos?

Dicas para economizar no IPTU:

• Pagamento em cota única: muitos municípios oferecem descontos entre 5% e 15%
• Parcelamento: opção para quem prefere dividir o pagamento em até 12 vezes

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IPVA

O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) é um tributo estadual cobrado anualmente de proprietários de automóveis, motos, caminhões e outros veículos terrestres.

Ele é fundamental para a manutenção de vias públicas e segurança no trânsito.

Confira também: Calendário de vencimentos IPVA por estado

O cálculo do IPVA depende de dois fatores:

• Valor venal do veículo: determinado pela Tabela Fipe, que reflete o preço médio de mercado do automóvel

• Alíquota estadual: geralmente entre 2% e 4%, variando conforme o estado

Todos os proprietários de veículos registrados no Brasil devem pagar esse tributo anualmente, exceto aqueles que possuem isenção.

A isenção do pagamento do Imposto sobre Veículos Automotores varia de estado para estado, sendo válida em algumas situações, como:

• Veículos adaptados para pessoas com deficiência (PCD)
• Veículos com mais de 15 ou 20 anos de fabricação, dependendo do estado
• Táxis e veículos oficiais

É importante consultar no seu estado quem tem direito a esse benefício e quais os procedimentos necessários.

Aprenda: Quais são os carros, e a partir de qual ano não pagam IPVA?

O pagamento do IPVA pode ser feito de várias formas:

• Cota única com desconto: geralmente, esse pagamento é feito em janeiro
• Parcelamento: normalmente em até 3 vezes, com vencimentos mensais

Procure o site da Secretaria da Fazenda do seu estado para consultar prazos e opções de pagamento.

Quais são os gastos do fim de ano?

Os maiores gastos de fim de ano incluem alimentos, bebidas e organização de festas de Natal e Ano-Novo, além de presentes para parentes e amigos. Decorações de casa e viagens também compõem esses gastos no final do ano.

Os últimos meses do ano são marcados por despesas relacionadas a comemorações e à preparação para o próximo ano. Esses gastos incluem:

• Presentes de Natal: trocas de presentes em família, amigos secretos e lembranças

• Viagens e passeios: férias escolares e feriados prolongados aumentam os custos com saídas, hospedagens e transporte

• Ceias e festas: organizar eventos ou participar de celebrações exige planejamento para não ultrapassar o orçamento

Leia também: Quantos anos pode fazer cartão de crédito? 

Parcelas que ficaram para o final do ano

O fim do ano pode trazer um acúmulo inesperado de parcelas e gastos que foram planejados ou realizados ao longo do ano.

Muitas dessas despesas recaem nos últimos meses e podem comprometer o orçamento, especialmente quando somadas às comemorações de Natal e Ano-Novo.

Por isso, é importante identificar quais gastos tendem a se acumular e criar estratégias para lidar com eles. Principais gastos e parcelas que costumam ficar para o fim do ano:

• Compras da Black Friday: a Black Friday, que ocorre em novembro, é uma das principais causas de parcelas acumuladas. Apesar das promoções, muitas pessoas utilizam o cartão de crédito e acumulam parcelas para os meses seguintes, começando o ano com dívidas

• Parcelas de viagens e pacotes turísticos: muitos pacotes de férias ou passagens comprados ao longo do ano são parcelados até dezembro. As férias escolares e as festas de fim de ano aumentam a procura por viagens, resultando em pagamentos que coincidem com outras despesas do período

• Parcelas de financiamentos: financiamentos de carros, imóveis ou produtos de maior valor, feitos em meses anteriores, podem impactar o orçamento de fim de ano. Mesmo com parcelas fixas, elas se somam aos novos gastos da temporada

• Cartão de crédito acumulado: as compras feitas durante o ano com parcelamento, somadas a novos gastos de Natal, Black Friday e Ano-Novo, podem gerar uma bola de neve nas faturas de novembro e dezembro. Esse é um dos principais vilões financeiros do período

• Despesas de Natal e Ano-Novo: a organização de festas, ceias, eventos e compra de roupas ou acessórios específicos para o período também pesam no orçamento. Esses gastos geralmente não são parcelados, mas somam-se às despesas fixas de fim de ano

• Mensalidades ou pré-matrículas escolares: escolas e cursos muitas vezes solicitam pagamento antecipado da matrícula ou de mensalidades para o próximo ano. Esse gasto adicional em dezembro pode sobrecarregar o orçamento familiar

Como evitar o acúmulo de parcelas no fim do ano?

• Planeje as compras parceladas: antes de optar pelo parcelamento, avalie se o valor caberá no orçamento futuro

• Dê preferência a pagamentos à vista: sempre que possível, aproveite descontos para evitar parcelas acumuladas

• Tenha uma reserva financeira: uma reserva de emergência ajuda a lidar com gastos extras sem comprometer outras obrigações

• Revise as faturas do cartão: acompanhe as despesas mensalmente para evitar surpresas em novembro e dezembro

Gerenciar essas parcelas é fundamental para não iniciar o próximo ano com pendências financeiras. Planejar e organizar o orçamento permite aproveitar o período de festas com mais tranquilidade e segurança financeira.

Confira: Calculadora Reserva de Emergência: quanto e onde guardar

Iniciar o novo ano com dívidas não pagas pode comprometer a saúde financeira. Por isso, concentre-se em quitar essas pendências antes de assumir novos compromissos.

Seguros

Os seguros são gastos que muitas vezes passam despercebidos no planejamento financeiro, mas são essenciais para garantir segurança em situações imprevistas.

Eles podem ser renovados no início ou no final do ano, dependendo do contrato, e exigem organização para evitar atrasos ou surpresas financeiras.

Os principais tipos de seguros são:

• Seguro automotivo: protege contra roubo, furto, colisões e danos causados a terceiros. É obrigatório para motoristas que contratam financiamento de veículos e altamente recomendado para proprietários de carros

• Seguro residencial: oferece cobertura contra incêndios, roubos e desastres naturais. Alguns pacotes incluem serviços adicionais, como chaveiros e reparos hidráulicos

• Seguro de vida: garante assistência financeira para a família em caso de falecimento, invalidez ou doenças graves.

• Seguro saúde ou plano de saúde: essencial para garantir atendimento médico de qualidade, cobrindo consultas, exames e internações

• Seguro para dispositivos eletrônicos: oferece proteção contra roubo, furto e danos acidentais a aparelhos como smartphones, notebooks e tablets

Antes de contratar ou renovar um seguro, analise se ele ainda é necessário. Veículos antigos ou que ficam em garagem por longos períodos podem não precisar da cobertura completa, enquanto imóveis em áreas de risco devem priorizar o seguro residencial.

Saiba mais: Como cadastrar e fazer o Pix no celular

Com planejamento e organização, os seguros podem deixar de ser um peso no orçamento e se tornar um investimento na sua segurança e na de sua família.

Como se preparar para os gastos do fim e início de ano?

Se preparar para as despesas do fim e início de ano exige organização financeira e planejamento. Isso ajuda a evitar dívidas e garante que você aproveite o período com mais tranquilidade.

Confira dicas práticas para gerenciar melhor seu dinheiro nessa época:

• Crie uma reserva financeira antecipada: antecipar-se aos gastos periódicos é essencial. Separe mensalmente uma parte do seu orçamento para criar uma reserva destinada às despesas de dezembro e janeiro. Uma boa meta é poupar 10% do salário mensalmente ao longo do ano

• Liste todas as despesas previstas: faça uma lista detalhada com os gastos esperados, incluindo presentes de Natal, viagens, ceia de Ano-Novo, IPTU, IPVA e outros impostos. Essa visão geral ajudará a definir prioridades e evitar gastos excessivos

• Aproveite descontos e promoções: fique de olho em promoções como a Black Friday para comprar presentes ou itens da ceia por preços mais baixos. Além disso, pague impostos como IPTU e IPVA em cota única para obter descontos

• Evite dívidas no cartão de crédito: o uso do cartão de crédito pode ser vantajoso quando bem administrado, mas acumular parcelas em dezembro e janeiro pode gerar dívidas difíceis de quitar. Use-o apenas para gastos planejados e que caibam no orçamento

• Revise suas assinaturas e despesas fixas: antes do ano acabar, revise despesas fixas, como planos de internet, academia e streaming. Cancele serviços que não são mais utilizados ou renegocie valores para começar o novo ano com menos despesas

• Reaproveite materiais e itens do ano anterior: ao planejar o início do ano, avalie o que pode ser reutilizado, como material escolar ou itens da decoração de Natal. Isso reduz custos e ajuda a evitar compras desnecessárias

• Use o 13º salário com consciência: destine o 13º salário para quitar dívidas pendentes ou investir em sua reserva financeira. Se possível, utilize parte dele para os gastos fixos de janeiro, como impostos e mensalidades escolares.

• Planeje com aplicativos de controle financeiro: aplicativos de gerenciamento financeiro ajudam a acompanhar seus gastos em tempo real. Isso garante que você mantenha o controle e faça ajustes no orçamento sempre que necessário.

Com essas estratégias, você poderá enfrentar os gastos do fim e início de ano com tranquilidade, aproveitando o período sem comprometer sua saúde financeira.

Posso pedir empréstimo para pagar as contas do final do ano?

Sim, pedir um empréstimo pode ser uma alternativa para cobrir despesas de fim de ano, especialmente em situações emergenciais ou quando os gastos ultrapassam o planejamento.

No entanto, é importante escolher opções que ofereçam taxas acessíveis, contratação prática e segurança, além de considerar sua capacidade de pagamento para evitar dívidas futuras.

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Os gastos do fim e início do ano são inevitáveis, mas com organização financeira e planejamento antecipado, é possível administrá-los sem comprometer o orçamento.

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