Presidente sanciona lei que impede DPVAT 2025? Confira decisão

A recente sanção presidencial que impede a retomada do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT) em 2025 levanta discussões importantes sobre seu impacto.

A medida, parte do pacote de corte de gastos do governo federal, trouxe questionamentos sobre a proteção das vítimas de acidentes de trânsito e as implicações econômicas dessa escolha.

Confira o que é o DPVAT, o que muda com sua ausência, e os detalhes da nova lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O que é DPVAT e para que serve?

O DPVAT é um seguro obrigatório criado em 1974 para oferecer cobertura financeira às vítimas de acidentes de trânsito no Brasil. 

Sua principal função era garantir indenizações por:

  1. Morte: beneficiários recebiam um valor fixo em caso de falecimento da vítima
  2. Invalidez permanente: o segurado ou sua família recebia uma quantia conforme o grau de invalidez
  3. Reembolso de despesas médicas: cobria os custos com atendimentos hospitalares decorrentes de acidentes de trânsito

Esse seguro tinha o objetivo de proteger cidadãos que não possuíam seguros privados, funcionando como uma rede de segurança social. 

Desde 2019, no entanto, sua cobrança foi suspensa por medida provisória, e agora, sua possível retomada foi oficialmente vetada.

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O que muda com ou sem o DPVAT?

Sem o DPVAT, as vítimas de acidentes de trânsito ficam desprotegidas financeiramente caso não possuam seguro privado. 

A ausência do seguro obrigatório afeta principalmente vítimas de baixa renda, que não têm condições de contratar seguros particulares, e perdem uma importante fonte de apoio financeiro.

A mudança também impacta os serviços de saúde pública, já que sem o reembolso previsto pelo DPVAT, os custos de tratamentos recaem integralmente sobre o Sistema Único de Saúde (SUS).

Além disso, os motoristas de veículos irregulares, sem cobertura privada, ficam sem acesso a indenizações, mesmo em acidentes onde não são culpados.

Nova lei faz parte do pacote de corte de gastos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta terça-feira (31) a Lei Complementar 211, que faz parte do pacote de corte de gastos proposto pelo governo federal. 

Essa lei impede a retomada do Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT b, o antigo DPVAT). A justificativa principal é economizar recursos públicos e simplificar o sistema de tributos e seguros.

O debate sobre o retorno do DPVAT revisitou a necessidade de modernizar sua gestão. Problemas antigos, como fraudes e má administração de recursos, foram usados como argumento para sua eliminação definitiva.

Além disso, o governo busca priorizar outras áreas, como saúde e educação, redirecionando verbas que antes eram destinadas à gestão do seguro obrigatório.

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Lei já está em vigor?

Sim, a Lei Complementar 211, foi publicada no dia 30 de dezembro de 2024, após ser sancionada pelo presidente Lula.

Com sua entrada em vigor, a proposta anterior de recriar o SPVAT (Seguro para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito) foi descartada. 

O novo formato, que seria implementado em 2025, previa mudanças na cobertura e maior fiscalização, mas enfrentou resistência no Congresso Nacional e foi substituído pela decisão de revogação definitiva.

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