Descobertas no fundo do mar: conheça 6 maravilhas escondidas nos oceanos em 2024

No ano de 2024, diversos estudos revelaram achados surpreendentes escondidos nas profundezas do oceano. As descobertas fascinantes encantaram o público e impulsionaram debates na comunidade científica.

Mergulhador nadando perto de corais no oceano

Conheça seis incríveis descobertas no fundo do mar em 2024 – Foto: Divulgação/Infobae/ND

O portal argentino Infobae destacou seis descobertas no fundo do mar feitas neste ano.

Descobertas no fundo do mar

A cordilheira submarina Salas y Gómez, localizada no Chile, foi palco de uma das explorações mais produtivas do ano.

Os investigadores utilizando um submarino operado remotamente identificam mais de 100 espécies nunca vistas, incluindo crustáceos, moluscos, peixes e até mamíferos marinhos.

Os cientistas levantaram mais uma vez a tampa sobre a biodiversidade inexplorada dos ecossistemas profundos e estão tentando responder a questões sobre a sua adaptação a ambientes extremos.

Entre as descobertas no fundo do mar, um animal raro apelidado de lula-chicote chamou a atenção dos pesquisadores por seu formato único.

Descobertas no fundo do mar, uma lula-chicote nadando no oceano

Espécie conhecida como Lula-chicote é descoberta no Chile – Foto: Divulgação/Olhar Digital/ND

Nova espécie colorida de estrela-do-mar no Japão

Na costa da Península de Izu, localizada no Japão, os investigadores encontraram uma nova espécie de estrela-do-mar: Paragonaster hoeimaruae.

Sendo apenas o segundo membro catalogado da família Pseudarchasteridae, esse animal é capaz de habitar locais lamacentos e arenosos, com os pesquisadores estudando sua adaptação evolutiva em habitats incomuns.

Nova espécie de estrela-do-mar encontrada no Japão

Essa nova espécie de estrela-do-mar é capaz de habitar locais lamacentos e arenosos – Foto: Divulgação/Infobae/ND

Animal que rejuvenesce em vez de envelhecer

Em uma das descobertas no fundo do mar mais inovadoras, cientistas encontraram uma criatura com capacidade de rejuvenescer em vez de envelhecer com o passar do tempo.

Trata-se da espécie Mnemiopsis leidyi, também conhecida como “noz do mar”. O animal é capaz de reverter o processo de envelhecimento quando exposto a situações de estresse.

Mnemiopsis leidyi, popularmente conhecida como “noz do mar” - PLAYTECH/Reprodução/ND

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Mnemiopsis leidyi, popularmente conhecida como “noz do mar” – PLAYTECH/Reprodução/ND

Pesquisas sugerem que a “noz do mar” pode reverter a um estado de desenvolvimento anterior quando submetida a grande estresse - PLAYTECH/Reprodução/ND

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Pesquisas sugerem que a “noz do mar” pode reverter a um estado de desenvolvimento anterior quando submetida a grande estresse – PLAYTECH/Reprodução/ND

A “noz do mar” tem a incrível capacidade de se transformar novamente em sua forma larval, revertendo o processo de envelhecimento sempre que passa por momentos de estresse, como falta de comida.

Na forma larval, o animal adquire dois tentáculos usados ​​para pegar comida, que na fase adulta não fazem parte do seu corpo.

Mergulhadores encontram maior formação de corais do mundo

Com 34 metros de comprimento e 32 metros de largura, um animal maior que uma baleia-azul e agora é considerado o maior animal aquático já descoberto pelo ser humano, foi uma das mais incríveis descobertas no fundo do mar de 2024.

O coral, localizado próximo ao arquipélago Três Irmãs, na província de Makira-Ulawa, nas Ilhas Salomão, foi inicialmente confundido com o sombreamento de um naufrágio. Pesquisadores estimam que ele esteja em crescimento contínuo há cerca de 300 a 500 anos.

O coral, um organismo comunitário que possui milhões de animais chamados pólipos, tem 34 metros de largura e 32 metros de comprimento. - Steve Spence/National Geographic Pristine Seas/Reprodução ND

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O coral, um organismo comunitário que possui milhões de animais chamados pólipos, tem 34 metros de largura e 32 metros de comprimento. – Steve Spence/National Geographic Pristine Seas/Reprodução ND

Nas fotos divulgadas pela equipe de pesquisa é possível ver um grande aglomerado marrom no oceano. - Steve Spence/National Geographic Pristine Seas/Reprodução ND

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Nas fotos divulgadas pela equipe de pesquisa é possível ver um grande aglomerado marrom no oceano. – Steve Spence/National Geographic Pristine Seas/Reprodução ND

Molly Timmers, cientista da expedição, destacou que a nova descoberta supera o famoso coral “Big Momma” em Samoa Americana, anteriormente considerado o maior do mundo.

“Se o Big Momma parecia uma bola de sorvete, este coral é como se o sorvete tivesse derretido, se espalhando pelo fundo do mar”, explicou.

Tubarão fantasma é descoberto na Nova Zelândia

Uma nova espécie de quimera ou “tubarão fantasma”, um peixe cartilaginoso parente de tubarões e raias que vive no fundo do mar, foi encontrada a mais de mil quilômetros da costa da Nova Zelândia.

Essa espécie consegue viver a profundidades de 2.500 metros, entregando novas informações a comunidade científica sobre as adaptações em altas pressões do fundo do mar.

Imagem de um exemplar de tubarão fantasma em um fundo branco

O tubarão fantasma pode apresentar novas ideias de evolução para os cientistas – Foto: Divulgação/Infobae/ND

Oxigênio escuro no fundo do mar

Um estudo revelou uma nova geração de oxigênio no fundo do oceano, conhecido como “oxigênio escuro”, o fenômeno levantou preocupações sobre as novas descobertas no fundo do mar, visando o futuro dos ecossistemas oceânicos, especialmente em meio ao crescente interesse da mineração em alto-mar.

Imagem do "oxigênio escuro" no fundo do mar

Quando imersos em água salgada, os nódulos geram correntes elétricas que facilitam essa separação, liberando oxigênio no ecossistema ao seu redor – Foto: Divulgação/Infobae/ND

A pesquisa de Sweetman, recentemente publicada na Nature Geoscience, sugere que nódulos metálicos que se formam naturalmente no fundo do mar e são ricos em minerais como cobalto, níquel e lítio, são responsáveis por essa nova fonte de oxigênio.

Esses nódulos funcionam como “baterias naturais”, dividindo a água do mar em hidrogênio e oxigênio por meio de um processo chamado eletrólise.

A descoberta do oxigênio escuro tem implicações significativas para a mineração no fundo do mar, especialmente na rica Zona Clarion-Clipperton, alvo de várias empresas.

Mais de 800 cientistas marinhos de 44 países assinaram petições solicitando a suspensão da mineração em alto-mar, ressaltando os perigos de perturbar ecossistemas ainda pouco compreendidos.

Sweetman alerta que a mineração pode afetar a geração de oxigênio escuro e a ecologia em geral, com experiências passadas mostrando danos significativos à vida marinha e longos períodos de recuperação.

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