Seringueiras dão charme no Parque da Cidade

Uma das principais obras do Governo do Pará para a COP 30, que será realizada em Belém em novembro de 2025, o Parque da Cidade, está transformando o espaço urbano da capital aliando infraestrutura moderna e preservação ambiental. Com o transplante de seringueiras e outras espécies nativas da Amazônia, o local não apenas celebra o bioma da região, mas também resgata a memória de um período de grande desenvolvimento urbano e econômico, a Belle Époque, que ocorreu durante o Ciclo da Borracha.Até o momento, 90 das 176 seringueiras previstas já foram transplantadas para o parque, que, até o final da obra, vai abrigar mais de 1.500 árvores, 190 mil plantas ornamentais e 83 mil metros quadrados de grama. O projeto faz do parque um novo marco ambiental para Belém, conectando passado e presente em uma área de 500 mil m² que será um vibrante pulmão verde para a cidade.Para a vice-governadora do Pará, Hana Tuma, a ação possui uma relevância histórica e ambiental do Parque da Cidade, e reforça o compromisso com a sustentabilidade e a qualidade de vida em Belém, promovendo a integração entre urbanização e preservação ambiental.“O Parque da Cidade será recorte do bioma da Amazônia. E as seringueiras transplantadas aqui no Parque trazem à memória o primeiro período áureo da nossa região, em decorrência do ciclo da borracha, que trouxe urbanização, desenvolvimento e crescimento econômico. Hoje, com as grandes transformações que estão em curso, estamos construindo uma nova era para a nossa capital, com maior infraestrutura, reurbanização das periferias e obras que serão o legado da COP 30.”BELLE ÉPOQUENo final do século 19 e início do século 20, Belém se tornou um dos principais centros urbanos e econômicos da América Latina, impulsionada pela extração do látex da seringueira, matéria-prima essencial para a fabricação de borracha. O avanço tecnológico proporcionado pela Revolução Industrial transformou o látex paraense em um produto valioso no mercado internacional, sendo amplamente utilizado na fabricação de pneus para bicicletas, automóveis e outros itens industriais.Conhecido como Belle Époque, o período trouxe desenvolvimento urbano e cultural para a capital paraense, se consolidando como a “Paris N’América”. Foi nesse contexto que surgiram ícones arquitetônicos como o Theatro da Paz e o complexo portuário que hoje abriga a Estação das Docas. A memória desse período de prosperidade agora ganha um novo capítulo no Parque da Cidade, por meio das seringueiras que simbolizam essa conexão histórica.“Belém viveu um período de prosperidade singular durante o Ciclo da Borracha, que marcou profundamente sua identidade cultural e econômica. Hoje, ao transplantarmos seringueiras para o Parque da Cidade, estamos não apenas resgatando essa memória histórica, mas também reafirmando nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável e a valorização do legado amazônico. É um tributo à força da nossa história e à visão de futuro que estamos construindo para o Pará e para o mundo”, afirmou a vice-governadora do Estado, Hana Tuma.Quer mais notícias do Pará? Acesse nosso canal no WhatsApp!Para Regina Meireles, engenheira florestal responsável pelo plantio e transplante das árvores, a importância do trabalho minucioso realizado no Parque da Cidade reflete na preocupação que o Governo do Pará com a manutenção do bioma e do clima.“Transplantar árvores nativas, como as seringueiras, é um desafio que exige planejamento e cuidado. Cada árvore que chega ao parque é um passo importante para transformar este espaço em um exemplo de compensação climática e preservação da biodiversidade. Esse trabalho é uma contribuição direta para a qualidade de vida dos cidadãos de Belém e uma demonstração do que é possível alcançar quando combinamos ciência, sustentabilidade e memória histórica”, completou.
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