Abono Salarial com novas regras: saiba como a PEC 54/2024 afeta você

Abono Salarial com novas regras: saiba como a PEC 54/2024 afeta você

O Senado Federal aprovou, em dois turnos, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 54/2024, que visa a reduzir as despesas obrigatórias do governo. As medidas incluem mudanças significativas, como a diminuição gradual do grupo elegível para o abono do PIS/Pasep e a imposição de limites aos supersalários. A expectativa do governo é alcançar uma economia significativa nos próximos dois anos.

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A proposta foi elaborada no contexto de esforços para controlar os gastos públicos e garantir mais liberdade para despesas discricionárias. Os votos em ambos os turnos mostram um apoio considerável à medida, vista como um passo importante para o equilíbrio fiscal.

Crédito: Foto: Filipe Castilhos/Sul21.com.br

Quais as alterações no abono salarial do PIS/Pasep?

Uma das principais mudanças introduzidas pela PEC é relacionada ao abono salarial do Programa PIS/Pasep. Atualmente, esse abono é pago a trabalhadores que recebem até dois salários mínimos por mês. Com as novas regras, a partir de 2026, o valor corrigido será apenas pela inflação, sem incorporar ganhos reais do salário mínimo. A expectativa é que, até 2035, o abono atinja menos trabalhadores devido à redução progressiva do salário de acesso.

Modificações no Fundeb: O que mudou?

O Fundo de Manutenção da Educação Básica (Fundeb) também sofreu alterações. Agora, até 10% da complementação da União poderá ser direcionada ao fomento de matrículas em tempo integral, com uma regra mínima aplicável a partir dos anos subsequentes. A decisão gerou debate no Senado, especialmente por uma tentativa de destinar recursos do Fundeb para alimentação escolar, que acabou sendo rejeitada.

Créditos: Imagem Luis Lima Jr/Fotoarena/Estadão

O que muda com a limitação aos supersalários?

A PEC também trouxe mudanças nas regras que cercam os supersalários. As emendas facilitam a aprovação de leis que definem verbas fora do teto remuneratório. Críticos argumentam que isso pode abrir margem para pagamentos extras ficarem fora do teto, o que contraria o objetivo de limitar essas compensações.

DRU e a Introdução de Novas Regras

A Desvinculação das Receitas da União (DRU) foi prorrogada até 2032, conferindo ao governo a capacidade de usar livremente 20% dos tributos federais. Porém, algumas receitas, como as relacionadas ao Fundo Social do Pré-Sal para educação e saúde, estão isentas da desvinculação. Essa medida, mantida pela PEC, visa flexibilizar a alocação orçamentária em face das novas realidades econômicas e fiscais.

Essas mudanças fazem parte de um esforço abrangente para gerenciar melhor os recursos públicos e garantir que áreas cruciais, como a educação e a saúde, continuem a ser priorizadas de forma sustentável no longo prazo.

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