Mais opções de Renda Fixa isentas de IR: Investimentos em CRIs e CRAs

Nos últimos anos, os investidores têm mostrado crescente interesse em diversificar suas carteiras de renda fixa com opções além do tradicional Tesouro Direto. Dentre elas, os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e do Agronegócio (CRAs) têm se destacado como alternativas promissoras. Segundo dados recentes da B3, o número de investidores alocados em renda fixa tem crescido, com destaque para um aumento significativo na procura por CRIs e CRAs.

CRIs e CRAs são títulos emitidos por securitizadoras, tendo como objetivo principal a antecipação de recebíveis de empresas. Esses papéis são atrativos para as companhias, pois permitem que reforcem seu caixa ao transformar créditos futuros em fontes imediatas de financiamento. No entanto, como acontece com qualquer outro investimento, há aspectos de risco e retorno que precisam ser cuidadosamente avaliados.

O Que São CRIs e CRAs e Como Funcionam?

Os CRIs e CRAs são instrumentos de renda fixa emitidos por securitizadoras. Essas entidades atuam no mercado financeiro comprando e reunindo diferentes créditos, que são então transformados em títulos negociáveis no mercado. Esse processo permite que empresas, como construtoras, antecipem recebíveis futuros de vendas parceladas ou financiamentos.

No caso dos CRIs, o lastro destes títulos é formado por créditos imobiliários, incluindo financiamentos residenciais e contratos de locação de longo prazo. Em contrapartida, os CRAs têm como base créditos da cadeia do agronegócio, abrangendo desde a produção até a industrialização de produtos agrícolas. Esse sistema oferece retornos ao investidor conforme os pagamentos são realizados dentro dos termos contratados.

Quais São os Benefícios e Rendimentos dos CRIs e CRAs?

Uma das principais vantagens dos CRIs e CRAs é a isenção de Imposto de Renda para investidores pessoas físicas. Essa característica os torna mais atrativos comparados a outros investimentos de renda fixa, como os CDBs e títulos do Tesouro Direto, nos quais pode incidir tributação variável sobre os rendimentos. Porém, é essencial calcular e comparar os rendimentos líquidos antes de investir.

Créditos: depositphotos.com / rmcarvalhobsb

O investimento em CRIs e CRAs varia conforme a emissão, com valores que frequentemente começam em R$ 1.000, mas que podem chegar a cifras mais elevadas. Em relação à remuneração, ela pode ser prefixada, pós-fixada ou atrelada à inflação. Isso significa que o investimento pode seguir o CDI, a Selic ou o IPCA, dependendo das condições estabelecidas no momento da aquisição do título.

Os CRIs e CRAs São Indicados Para Todos os Investidores?

Embora esses títulos possam oferecer benefícios significativos, é crucial considerar os riscos associados. O principal deles é o risco de crédito, ou seja, a possibilidade de a empresa responsável pelos recebíveis não cumprir suas obrigações de pagamento. Esse risco é agravado pela ausência de cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que protege investidores em outros tipos de aplicações.

Outro aspecto a ser considerado é o risco de liquidez. CRIs e CRAs geralmente não permitem resgates antecipados, o que pode ser um problema para investidores que possam precisar do capital antes do prazo de vencimento. Além disso, a negociação no mercado secundário pode envolver riscos de flutuação de preços, que afetam investidores que desejam liquidar suas posições antes da data acordada.

Considerações Finais Sobre o Investimento em CRIs e CRAs

Os Certificados de Recebíveis Imobiliários e do Agronegócio oferecem oportunidades interessantes para investidores de renda fixa que buscam diversificação e isenção de imposto sobre os rendimentos. Contudo, a análise cuidadosa dos riscos e a compreensão de suas características são essenciais para avaliações informadas. Como sempre, a recomendação de especialistas é avaliar o perfil da empresa emissora e considerar uma estratégia diversificada para mitigar riscos.

O post Mais opções de Renda Fixa isentas de IR: Investimentos em CRIs e CRAs apareceu primeiro em BM&C NEWS.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.