
Médicas ouvidas pelo g1 explicam que os gases fazem parte de um processo natural do corpo. Mas, se sintomas como gases excessivos, distensão e dor abdominal aparecerem com frequência, é recomendado avaliação médica, porque podem indicar outros problemas de saúde. A flatulência é processo natural do corpo, mas o excesso de gases, dor abdminal e constipação podem dar sinais de algum problema de saúde.
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A flatulência (os gases) é um processo fisiológico normal que resulta da digestão e fermentação de alimentos no trato digestivo. Pessoas saudáveis costumam eliminar gases de 10 a 20 vezes por dia – muitas vezes de forma imperceptível.
Gases com cheiro muito forte, geralmente, indicam a presença de enxofre, que é produzido durante a digestão de alimentos ricos em proteínas ou compostos sulfurosos, como ovos, brócolis, couve-flor, cebola e alho. A frequência elevada pode estar associada à má absorção de nutrientes, intolerâncias alimentares ou desequilíbrio bacteriano no intestino.
Não é possível determinar um diagnóstico específico apenas pelo odor ou barulho dos gases e, por isso, é recomendado avaliação médica em casos de desconforto frequente.
Abaixo, nesta reportagem você vai ver:
O que acontece com o nosso corpo quando soltamos gases?
É saudável quando a pessoa solta gases em excesso?
Como são os gases característicos de uma pessoa saudável?
Segurar ‘pum’ faz mal para a saúde?
Quais são as dicas para evitar o excesso de gases?
O corpo naturalmente produz gases durante a digestão e a fermentação dos alimentos no sistema digestivo. As bactérias presentes no intestino fermentam carboidratos que não foram digeridos, produzindo gases como hidrogênio, dióxido de carbono, enxofre e metano. Esses gases se acumulam no intestino e são eliminados pelo ânus, em um processo chamado flatulência.
Além disso, o corpo também pode eliminar por esse sistema o excesso de ar engolido durante a alimentação – isso ocorre quando a pessoa não mastiga bem os alimentos ou fala ao mastigar.
Mas os seguintes sinais podem ser considerados:
Gases resultantes da fermentação de alguns carboidratos (como batatas, feijões ou alimentos ricos em fibras) podem ser expelidos com maior volume, produzindo sons mais altos. Esses gases geralmente têm pouco ou nenhum cheiro desagradável, pois não contêm enxofre;
Gases com cheiro muito forte, geralmente, indicam a presença de enxofre, que é produzido durante a digestão de alimentos ricos em proteínas ou compostos sulfurosos, como ovos, brócolis, couve-flor, cebola e alho;
A frequência elevada dos gases pode estar associada à má absorção de nutrientes, intolerâncias alimentares ou um desequilíbrio bacteriano no intestino.
A produção excessiva de gases intestinais pode ser sinal de alimentação rica em alimentos fermentativos (FODMAPs), como feijão, ervilha, lentilha e cebola, intolerâncias alimentares, disbiose ou indicar distúrbios como síndrome do intestino irritável.
Além disso, a constipação intestinal pode contribuir para o aumento da frequência e o mau cheiro do pum, em virtude das fezes ficarem por mais tempo no intestino.
Excesso de gases intestinais pode ser causado por consumo de alimentos como leite de vaca, grão de bico, feijão e pães.
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Conforme médicas ouvidas pelo g1, pessoas saudáveis geralmente possuem gases com odor leve e a frequência varia conforme a dieta e os hábitos individuais – com uma dieta equilibrada, os gases são menos frequentes e com menos odor.
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Segurar os gases não é recomendado, na medida em que pode gerar desconforto, distensão e até dor abdominal em alguns casos.
Não existe evidência de que segurar o ‘pum’ ocasionalmente cause danos graves à saúde. Mas a recomendação é liberar os gases em momentos apropriados para evitar sintomas desconfortáveis e preservar a saúde intestinal.
Dica extra: deixar os grãos de molho de 12 a 24h horas pode ajudar a reduzir os gases.
(*Estagiária, sob supervisão de Ardilhes Moreira)
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