Copom decide nesta quarta sobre o novo patamar da Selic

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta quarta-feira (11) para definir o novo patamar da taxa Selic. 

Atualmente em 11,25% ao ano, a expectativa do mercado é de um aumento de 0,75 ponto percentual, levando a taxa para 12% ao ano. 

Saiba por que o Banco Central deve aumentar a Selic e quais os reflexos para o mercado financeiro brasileiro.

A última reunião de Roberto Campos Neto no BC

A reunião marca o último encontro sob o comando de Roberto Campos Neto, que será sucedido por Gabriel Galípolo em janeiro. 

A transição ocorre em um momento crítico, com o Banco Central lidando com incertezas tanto no cenário interno quanto no externo.

Nas reuniões anteriores, o Copom vinha ajustando a taxa Selic para conter a inflação e lidar com pressões externas, como as incertezas na economia dos Estados Unidos. 

Dessa forma, as expectativas estão direcionadas ao comunicado que será divulgado ao fim do dia.

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Histórico da Taxa Selic

Após permanecer em 13,75% ao ano por cerca de um ano entre agosto de 2021 e 2022, a taxa Selic passou por cortes graduais em 2023. 

No entanto, desde julho, o Copom voltou a adotar uma postura de elevação, refletindo o cenário de inflação persistente e a necessidade de uma política monetária mais rígida.

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Nos últimos meses, a taxa de inflação oficial, medida pelo IPCA, apresentou desaceleração em alguns itens, como combustíveis e energia elétrica. 

Contudo, o índice acumulado nos últimos 12 meses é de 4,87%, acima da meta de 3% estabelecida para 2024.

A influência do cenário internacional

A economia dos Estados Unidos tem sido uma variável crítica para o Copom. A postura do Federal Reserve (Fed), que também enfrenta desafios inflacionários, cria incertezas para os mercados globais. 

Além disso, a alta do dólar tem impacto direto nos preços internos, como combustíveis e alimentos importados.

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Perspectivas para 2024

Segundo o boletim Focus, a projeção de inflação para 2024 subiu recentemente para 4,84%, ultrapassando o teto da meta de 4,5%.

O prolongamento do ciclo de alta da Selic reflete a tentativa do Banco Central de ancorar essas expectativas e evitar que a inflação fuja do controle.

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O relatório mais recente do Bacen já havia alertado que o cenário econômico exigiria medidas firmes. 

Isso inclui a manutenção de uma política monetária contracionista, que embora desacelere a economia, é essencial para controlar os preços.

O papel da Taxa Selic na economia

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação. Ao elevá-la, o crédito se torna mais caro, reduzindo o consumo e a demanda. 

Por outro lado, juros mais baixos incentivam o crescimento econômico, mas podem pressionar os preços.

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Apesar disso, os bancos comerciais consideram outros fatores ao definir as taxas para consumidores, como risco de inadimplência e custos operacionais.

Expectativas do mercado e reações futuras

Se confirmada a alta de 0,75 ponto percentual, como apontam os analistas, o mercado espera que o ciclo de aperto monetário possa começar a desacelerar em 2024. 

Entretanto, a continuidade dessas decisões dependerá do comportamento da inflação e do cenário fiscal.

Com a troca na presidência do Banco Central, os mercados estarão atentos às sinalizações de Gabriel Galípolo. 

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O anúncio do Copom nesta quarta-feira será fundamental para alinhar as expectativas econômicas e financeiras no Brasil. 

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