Indústria aérea deve faturar US$ 1 tri em 2025, prevê Iata

A Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata) projeta que, pela primeira vez, a receita global da indústria aérea ultrapassará a marca de US$ 1 trilhão em 2025. O número representa um crescimento de 4,4% em relação a 2024, quando a receita esperada é de aproximadamente US$ 965 bilhões.

O diretor-geral da Iata, Willie Walsh, vê a projeção como um marco importante para o setor, mas alerta que o foco principal deve ser a margem de lucro, e não apenas o faturamento consolidado. A margem de lucro líquido deve subir para 3,6% em 2025, acima dos 3,3% previstos para 2024, e o lucro líquido deve atingir US$ 36,6 bilhões, um avanço de cerca de 16% na comparação anual.

O lucro líquido por passageiro em 2025 está estimado em US$ 7, refletindo uma recuperação progressiva para a indústria. Apesar de ainda estar abaixo do pico registrado em 2023, de US$ 7,9, o valor representa uma melhora em relação a 2024, que deve fechar em US$ 6,4 por passageiro.

Custos do setor: alívio com queda no preço do combustível

A Iata prevê um aumento de 4% nos custos operacionais em 2025, totalizando US$ 940 bilhões. Entretanto, a redução no preço do petróleo deve ser um dos principais impulsionadores do lucro no próximo ano.

Segundo a economista-chefe da Iata, Marie Owens, a maior oferta de petróleo — impulsionada por políticas de incentivo à produção — deve derrubar os preços. A projeção é que o combustível de aviação tenha um preço médio de US$ 87 por barril em 2025, frente aos US$ 99 previstos para este ano.

Com isso, os custos com combustível devem somar US$ 248 bilhões, o que representa uma queda de 4,8%. A participação do combustível nos custos totais das companhias aéreas deve cair para 26,4% em 2025, abaixo dos 28,9% esperados para 2024.

Perspectiva de crescimento e desafios futuros

Apesar do avanço positivo nas projeções, os desafios ainda são evidentes, especialmente no que diz respeito à lucratividade das companhias. A combinação de custos operacionais elevados e margens de lucro modestas indica que o setor ainda tem um longo caminho para se consolidar financeiramente.

No entanto, o aumento da eficiência operacional, aliado à queda no custo do combustível, pode permitir uma recuperação mais robusta nos próximos anos.


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