Justiça prende quatro e manda soltar outros dois acusados de envolvimento na execução de delator do PCC


Os investigadores consideraram duas prisões irregulares, após identificar que os presos não teriam relação com o crime. Polícia de SP prende mais um suspeito do assassinato de delator do PCC
A polícia de São Paulo prendeu mais um suspeito de envolvimento no assassinato do delator do PCC, no mês passado.
Uma sequência de detenções e ainda muitas lacunas sobre a execução de Vinicius Gritzbach, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, em novembro.
Ontem à tarde, a Polícia Militar prendeu um jovem de 20 anos e o tio dele.
Os PMs disseram que partiram em busca do suspeito, depois de uma denúncia anônima. O jovem teria ajudado na fuga do olheiro que vigiou Gritzbach no aeroporto. Ele é Kauê do Amaral Coelho que, segundo as investigações, fugiu para o Rio de Janeiro.
Kauê do Amaral Coelho, olheiro que vigiou Gritzbach no aeroporto.
Reprodução/TV Globo
Os policiais disseram que encontraram munição de fuzil, do mesmo calibre usado para matar Gritzbach, no carro e na moto do jovem preso.
Mas a família diz que as prisões foram arbitrárias e acusou os policiais de plantarem as munições para justificar a detenção.
O Ministério Público confirmou que a prisão foi irregular, a Justiça concordou e mandou soltar o jovem preso ontem à tarde e o tio dele.
Antes, ainda durante a madrugada, mais prisões. Policiais Militares da Tropa de Choque detiveram quatro pessoas que, segundo eles, teriam relação com o crime do aeroporto.
“Sendo duas mulheres e dois homens. Os quatro com envolvimento no homicídio de Guarulhos”, explica o 1º Tenente Azevedo, Comandante de Pelotão do Choque.
Três dos detidos durante a madrugada foram liberados e, segundo a Polícia Civil, não têm relação com o crime. Apenas um jovem de 19 anos teve a prisão preventiva decretada. Ele — e não o irmão preso ontem e já liberado — seria o verdadeiro suspeito de ajudar na fuga do olheiro do aeroporto, que continua desaparecido.
“Ele disse que pegou uma missão para ele. E ele foi cumprir a missão. Qual era a missão? A missão era tirar do foco o Cauê que a gente tá sabendo”, explica Osvaldo Nico, Secretário de Segurança Pública de SP.
O advogado do jovem nega que ele tenha prestado qualquer depoimento ou confirmado participação no crime.
“Eles moram no mesmo bairro, todo mundo se conhece ali. Está errado, essa confusão tem que ser desfeita.
Repórter: Não tem nada a ver com essa história do assassinato no aeroporto?
“Zero, absolutamente nenhuma relação”, disse o advogado.
Uma sequência de detenções e ainda muitas lacunas sobre a execução de Vinicius Gritzbach
Reprodução/TV Globo
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