Investigação sobre casal de SC morto na mesma casa em menos de 24 horas revela ‘reviravolta’

A morte de Ângela Maria Kazmierczak Partala e Gerônimo Kosmala, moradores de Itaiópolis, no Planalto Norte de Santa Catarina, repercutiu em todo o Estado e até nacionalmente. Afinal, os dois foram encontrados mortos, na mesma casa, em menos de 24 horas e sem sinais de violência.

Ângela e Gerônimo morreram na mesma casa, em intervalo de menos de 24 horas – Foto: JMais/Reprodução

As mortes foram registradas em maio deste ano e, desde então, a polícia investigava o caso. Ângela foi encontrada morta no dia 19 de maio e, naquele momento, a morte era considerada natural. Porém, um dia depois, Gerônimo também morreu, levantando suspeitas.

“Esse corpo também não apresentava nenhum vestígio de morte violenta, não possuía lesões, nada que indicasse ou explicasse a causa da morte”, disse à época o delegado Eduardo Borges, responsável pelo caso.

De acordo com a investigação, os dois tinham um caso extraconjugal. “Durante a investigação, foi revelado que Ângela frequentemente buscava refúgio na casa de Gerônimo após discussões com seu marido devido, aparentemente, a episódios recorrentes de violência doméstica”, detalhou a investigação.

Aliás, a violência doméstica, o caso extranconjugal e as condições do local em que Gerônimo vivia tornaram ainda mais complexa a investigação, gerando hipóteses que, porém, não foram provadas.

Casa onde casal foi encontrado morto fica em Itaiópolis, no Planalto Norte de Santa Catarina – Foto: Luiz Felipe Meyer Reinert/NDTV

A verdadeira causa da morte

Após meses de investigação, a polícia concluiu que a causa das mortes não envolveu violência nem o consumo de nenhum produto tóxico.

Segundo a Polícia Civil, exames toxicológicos detectaram a presença de álcool no corpo das vítimas, além de dipirona e metformina no corpo de Ângela. “A presença de metformina é justificada, uma vez que Ângela era diabética. O etanol (álcool) indica que tanto Ângela quanto Gerônimo ingeriram bebidas alcoólicas, algo confirmado por testemunhas”, disse.

“As situações de violência doméstica sofridas por Ângela, as condições de saúde debilitadas de Gerônimo e o consumo de álcool foram fatores que contribuíram para complexidade do caso. No entanto, faltaram evidências concretas que pudessem comprovar o envolvimento de terceiros nos óbitos, e essa ausência de provas determinou o desfecho da investigação”, destacou a polícia.

Dessa forma, os laudos indicam que os dois morreram de forma natural, devido às comorbidades que cada um apresentava. O inquérito foi concluído e remetido ao Ministério Público.

Com informações do portal JMais.

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