Polícia investiga quatro denúncias de estupro contra massagista de Artur Nogueira


Mulheres que procuraram delegacia têm entre 20 e 57 anos. Suspeito, de 54 anos, negou os crimes e disse sofrer de crises de ausência. Delegacia de Artur Nogueira
Reprodução/EPTV
Quatro mulheres, de 20 a 57 anos, denunciaram à Polícia Civil terem sido vítimas de estupro em uma clínica de massagem no Jardim Blumenau, em Artur Nogueira (SP). O suspeito, de 54 anos, negou os crimes e disse sofrer de crises de ausência (leia mais abaixo).
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Segundo o boletim de ocorrência, a primeira vítima que procurou a delegacia relatou que sofreu “toques indevidos, sexo oral e outras condutas”, além de ter tido a roupa íntima abaixada durante uma sessão de massoterapia no dia 20 de novembro.
À polícia, ainda de acordo com o documento, o suspeito negou qualquer ato sexual, afirmou que os toques estavam “estritamente relacionados às técnicas profissionais de massoterapia e que abaixou a peça íntima da cliente apenas para facilitar o procedimento na região do ciático”.
Na quinta-feira (5), a Justiça decretou a prisão preventiva do suspeito. Na decisão, a juíza da 2ª Vara de Artur Nogueira ressaltou que há “indícios suficientes de autoria” e que o homem manteve a clínica em funcionamento após as denúncias, “gerando o risco concreto de reiteração criminosa”.
Crises de ausência
Ao ser questionado pelos policiais, o massagista apresentou documentação médica comprovando que sofre de crises de ausência, condição que “pode interferir na percepção de sua conduta ou mesmo em sua interação social”.
O que é? Segundo o Ministério da Saúde, crises de ausência são um transtorno convulsivo conhecido por “desligamentos”, fazendo com que o paciente fique com o olhar fixo e perca o contato com o meio por alguns segundos. Têm curtíssima duração e, por isso, podem passar despercebidas pelas pessoas ao redor.
Investigação
O celular do massagista foi apreendido para análise do conteúdo. Além disso, a Polícia Civil deve:
aguardar os resultados dos exames periciais realizados na vítima;
encaminhar o homem para coleta de material genético;
e ouvir testemunhas, como outros pacientes da clínica, por exemplo.
O g1 questionou a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) sobre o andamento das investigações, mas não recebeu retorno até a publicação desta reportagem. A defesa do suspeito não foi localizada.
*Estagiária sob supervisão.
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