Caso BMW: responsável por modificação de R$ 25 mil era soldador de empresa de laticínios

Novos detalhes trazem à tona o caso BMW, na qual os jovens Thiago de Lima Ribeiro, Karla Aparecida dos Santos, Gustavo Pereira Silveira Elias e Nicolas Oliveira Kovaleski morreram por asfixia em janeiro de 2024, em Balneário Camboriú, Litoral Norte de Santa Catarina.

A instalação “precária e divergente” da peça, a qual foi instalada em substituição ao catalisador do veículo, que causou a morte dos jovens, custou R$ 25 mil a Thiago, motorista do veículo.

fotomontagem do caso BMW ilustrado pelo veículo e peça alterada

Alteração no escapamento de BMW custou R$ 25 mil e causou a morte dos 4 jovens – Foto: Reprodução/ND

Entretanto, o responsável pela alteração não tinha especialização para as modificações e fazia as alterações com base na experiência que tinha como soldador de uma empresa de laticínios.

As informações estão no Inquérito Policial finalizado pelo delegado Vicente, a denúncia foi enviada ao MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) e acolhida pela Justiça.

Como já divulgado, as perícias realizadas pela Polícia Científica concluíram que a causa das mortes foi asfixia provocada pela inalação de monóxido de carbono que vazou através da ruptura de uma peça, denominada downpipe, e adentrou na cabine do veículo pelo ar condicionado.

Fotos dos 4 jovens que morreram em BMW

Caos BMW: Gustavo, Nicolas, Tiago e Karla são os jovens mortos em BMW na rodoviária de Balneário Camboriú – Foto: Reprodução/ND

Thiago queria mais potência e barulho no escapamento. Ele contratou o serviço para alterar o carro, uma BMW 320i M Sport, em julho de 2023. As mortes foram logo após a festa de Réveillon, em 1º de janeiro de 2024.

Ainda de acordo com o inquérito, o serviço foi terceirizado e a peça colocada sofreu uma ruptura que provocou uma abertura no tubo de escapamento dos gases.

Na época, a investigação apontou que a peça que rompeu foi instalada em uma oficina situada na cidade de Aparecida de Goiânia, e que o serviço foi realizado por um indivíduo de 48 anos, sem qualquer formação técnica, e sob a supervisão e controle do proprietário do estabelecimento, de 35 anos.

Imagem mostram corpos dos jovens mortos em BMW

Vítimas estavam em carro BMW estacionado na rodoviária – Foto: Polícia Militar/Reprodução/ND

Os responsáveis apontados pelo serviço viraram réus no processo que julga as acusações de quatro homicídios culposos, ou seja, quando não há intenção de matar.

O ND Mais tentou contato com a defesa do proprietário da oficina, que informou não estar mais acompanhando o caso, não sabendo apontar a nova defesa. O espaço segue aberto.

Caso BMW: morte de 4 jovens chocaram o país

Segundo a investigação da Polícia Civil de Santa Catarina, os jovens viajaram de Paracatu (MG) para Florianópolis, passaram o Natal na cidade e, na virada do ano (dia 31), foram para Balneário Camboriú.

Foi na cidade litorânea que passaram o dia na praia, comeram um cachorro-quente sem ingerir nenhum líquido, conforme relataram outras testemunhas.

Thiago estava ao volante do veículo e já havia passado mal no trajeto entre Florianópolis e Balneário Camboriú, manifestando náuseas. No entanto, como a distância percorrida era relativamente pequena, o jovem não permaneceu exposto ao monóxido de carbono por um longo período, o que não resultou em sua morte.

O grupo chegou à rodoviária de Balneário Camboriú por volta de 3h15, na noite de Ano Novo. Os corpos dos jovens foram encontrados por volta das 7h30.

 

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