Asteroide chega à atmosfera e se desintegra na Sibéria; entenda o fenômeno

Asteroide que atingiu a Terra arifusan19

Um asteroide chamado COWECP5 foi flagrado pelo sistema de defesa global da Nasa, que identifica objetos celestes que representem possíveis riscos para a Terra, se aproximando do nosso planeta. Registrado na terça-feira (3), o evento gerou preocupação inicial devido ao seu potencial impacto.

Com 68 centímetros de largura, o COWECP5 foi monitorado por especialistas desde que foi detectado. Os sistemas de monitorização que sua entrada atmosfera terrestre ocorreu sem grandes problemas.

Não demorou muito para a Nasa recuar e confirmar que o asteroide não representava um risco significativo ao planeta.

Asteroide de baixo risco

Mesmo pequeno, o corpo celeste conseguiu iluminar o céu durante sua desintegração na atmosfera. Este fenômeno foi visível em apenas numa região limitada na Sibéria, norte da Rússia, segundo a Agência Espacial Europeia (ESA).

O impacto ocorreu especificamente em Yakutia, no leste da Sibéria, às 16h15 do horário local. Uma “bola de fogo muito brilhante” apareceu brevemente cruzando o céu.

Fez a noite virar dia

O rastro de luz do COWECP5 foi tão forte que fez a noite virar dia na Rússia. Veja:

The first videos of the #asteroid #C0WEPC5 entry in #Russia are coming out on @telegram . It appears to be very similar to previous asteroid entires (2022 WJ, 2023 CX1, 2024 BX1). Lots of fragments at the end, it probably dropped some rocks in a remote forested area. pic.twitter.com/LnVyTMA7oO

— Denis Vida (@meteordoc) December 3, 2024

Detecção

O Sistema de Último Alerta de Impacto Terrestre de Asteroides (Atlas), projetado para identificar asteroides com dias de antecedência, foi importante para a detecção do COWECP5.

Além disso, o Observatório Nacional Kitt Peak, financiado pela Nasa, rastreou o asteroide horas antes de sua entrada. Richard Moissl, chefe do gabinete de defesa planetária da ESA, afirmou que o sistema conseguiu calcular o “corredor de impacto” do asteroide, fornecendo dados exatos sobre a sua trajetória e ponto de entrada.

Avanços na defesa planetária

Segundo o professor Alan Fitzsimmons, da Queen’s University Belfast, o caso é um importante avanço no ramo da proteção contra ameaças espaciais.

“Será pequeno, mas ainda assim bastante espetacular”, comentou Fitzsimmons.

Esta é a 12ª vez que os cientistas foram capazes de prever com precisão tal evento. O primeiro caso aconteceu em 2008, quando fragmentos do asteroide foram recuperados para estudos mais aprofundados.

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