O que é a regra 50-15-35? Ajuda a juntar dinheiro? Entenda

A regra 50-15-35 é uma das estratégias de orçamento mais simples para quem quer manter as finanças equilibradas e, ao mesmo tempo, conseguir economizar dinheiro. 

Neste artigo, vamos explicar como a regra 50-15-35 funciona e dar exemplos práticos para quem quer adotá-la. 

Continue a leitura e descubra como essa técnica pode transformar sua forma de lidar com o dinheiro!

O que é a regra 50-15-35?

A regra 50-15-35 é uma técnica de controle financeiro pessoal em que cada número representa uma porcentagem da renda mensal destinada a objetivos específicos:

  • 50% para cobrir os gastos fixos
  • 15% para ser usado em lazer 
  • 35% para ser poupado

A seguir, confira mais detalhes sobre cada uma delas!

50% para cobrir os gastos fixos

A primeira parte da regra 50-15-35 destina 50% da sua renda mensal para cobrir os gastos mensais fixos, que são as despesas essenciais e constantes do seu dia a dia

Isso inclui aluguel ou prestação da casa, contas de água, luz, internet, transporte, alimentação e outros custos indispensáveis para a manutenção do seu padrão de vida. 

Leia também: Como se organizar para reduzir despesas fixas? 

Ao reservar metade da sua renda para essas despesas, você garante que as necessidades básicas estejam sempre atendidas, sem comprometer o restante do seu orçamento. 

15% para ser usado em lazer

A regra 50-15-35 sugere que 15% da sua renda mensal seja direcionada ao lazer e ao bem-estar pessoal. 

Esse valor pode ser usado para atividades que proporcionam prazer e descanso, como viagens, jantares, entretenimento, hobbies ou qualquer outra experiência que contribua para sua qualidade de vida. 

Embora o lazer não seja uma necessidade essencial, ele é importante para manter o equilíbrio emocional e mental

35% para ser poupado

A recomendação da regra 50-15-35 é destinar 35% da sua renda mensal para poupança ou investimentos. 

Ao seguir essa prática, você está construindo uma reserva financeira sólida, que pode ser utilizada tanto para imprevistos quanto para objetivos de longo prazo, como aposentadoria ou compra de um imóvel.

Além disso, ao investir esse valor, você potencializa a rentabilidade do seu dinheiro, contribuindo para uma maior segurança financeira no futuro.

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Onde deixar o dinheiro dos 35% (poupar)?

Existem diversas opções para os 35% que devem ser poupados, cada uma com suas características e vantagens:

  • Poupança
  • Previdência Privada
  • Fundos de investimento
  • Tesouro Direto

Confira abaixo mais informações sobre cada uma delas!

Poupança

A conta poupança é uma das opções mais tradicionais para guardar dinheiro. Ela oferece alta liquidez, ou seja, você pode retirar o dinheiro a qualquer momento, sem complicação.

Embora seja fácil de acessar, o rendimento da poupança é, geralmente, baixo, o que pode não ser o ideal para quem busca um crescimento mais rápido do valor poupado. 

No entanto, é uma opção segura e prática, especialmente para quem busca uma reserva de emergência ou para quem tem um perfil conservador.

Previdência Privada

A Previdência Privada é uma alternativa voltada para o longo prazo, principalmente indicada para aqueles que desejam garantir uma aposentadoria mais segura e tranquila.

Ela permite que você escolha o valor a ser contribuído e o tipo de fundo em que seu dinheiro será investido

Existem dois tipos principais: PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), cada um com características fiscais específicas. 

A principal vantagem da Previdência Privada é a possibilidade de benefícios tributários, além de uma rentabilidade, geralmente, superior à da poupança

Contudo, é importante estar ciente de que os recursos ficam aplicados por prazos mais longos e o rendimento pode variar de acordo com o fundo escolhido.

Leia também: Como fazer meu controle financeiro pessoal?

Fundos de Investimento

Os fundos de investimento são opções interessantes para quem busca diversificação e potencial de rentabilidade

Nesse tipo de aplicação, um gestor especializado reúne o capital de vários investidores e o direciona para uma carteira de ativos, que pode incluir ações, títulos públicos, imóveis, entre outros. 

Cada fundo possui um perfil de risco e uma estratégia específica, permitindo que o investidor escolha aquele que mais se alinha aos seus objetivos e tolerância ao risco. 

Embora apresentem um potencial de retorno superior ao de aplicações mais conservadoras, é importante considerar as taxas de administração e de performance, que podem reduzir os ganhos ao longo do tempo.

Tesouro Direto

O Tesouro Direto é um tipo de investimento acessível e seguro, recomendado para aqueles que querem acumular recursos de forma estável e planejada

Ao investir, você empresta dinheiro ao governo, que em troca paga juros sobre o valor aplicado. 

Existem diferentes tipos de títulos, cada um com características específicas, como o Tesouro Selic, ideal para objetivos de curto prazo, e o Tesouro IPCA+, que protege o valor investido contra a inflação no longo prazo.

Além de ser um investimento de baixo risco, o Tesouro Direto permite resgates fáceis e possui taxas, geralmente, menores em comparação com outras alternativas financeiras.

Outros

Além das opções mencionadas anteriormente, existem outras modalidades para investir os 35% da sua renda que devem ser poupados, como:

  • Certificados de Depósito Bancário (CDBs): garantem uma boa rentabilidade e são protegidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), sendo uma opção de baixo risco
  • Letras de Crédito Imobiliário (LCI): oferecem isenção de Imposto de Renda e são voltadas para o financiamento do setor imobiliário
  • Letras de Crédito do Agronegócio (LCA): também isentas de Imposto de Renda, mas focadas no financiamento do setor do agronegócio

Oportunidade: Antecipação do FGTS

Exemplo de divisão do salário na regra 50-15-35

Para entender como a regra 50-15-35 pode ser aplicada na prática, vamos imaginar um salário de R$ 3.000,00

Com base na divisão sugerida pela técnica, o valor seria distribuído da seguinte forma:

  • 50% (R$ 1.500,00) para cobrir os gastos fixos, como aluguel, contas de serviços e alimentação
  • 15% (R$ 450,00) para lazer, atividades de entretenimento ou hobbies;
  • 35% (R$ 1.050,00) para ser poupado ou investido, criando uma reserva financeira para o futuro

Confira também: O que é o método 50/30/20, como funciona e vantagens

Não consigo começar a regra 50-15-35 por causa das dívidas

Se as dívidas são um obstáculo para adotar a regra 50-15-35, o primeiro passo é priorizar o pagamento desses débitos

Para isso, crie um planejamento financeiro pessoal que permita visualizar todas as suas dívidas, incluindo valores, juros e prazos de pagamento. 

Dessa forma, você conseguirá organizar suas finanças e identificar quais dívidas devem ser quitadas com maior urgência, priorizando sempre aquelas com juros mais altos, como as de cartão de crédito. 

Ao reduzir significativamente suas dívidas, você poderá, aos poucos, aplicar a regra 50-15-35, distribuindo sua renda de maneira equilibrada entre as despesas essenciais, lazer e poupança.

Leia também: Guia prático sobre como dividir contas do casal

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