Novas regras do abono salarial: Quem ganha mais de 1,5 salário mínimo fica de fora!

O governo brasileiro, sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou uma série de mudanças importantes no pagamento do abono salarial PIS/Pasep. Uma das principais alterações consiste em limitar o benefício aos trabalhadores que recebem até 1,5 salário mínimo. Esta mudança pretende integrar um pacote de medidas de contenção de gastos, liderado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Atualmente, o critério para o recebimento do abono é de até dois salários mínimos, que correspondem a R$ 2.824, considerando o piso salarial de R$ 1.412. Com a nova proposta, a atualização do critério de renda será feita apenas pela inflação, enquanto o salário mínimo seguirá com ganhos reais. A expectativa é que o ajuste completo na renda ocorra por volta de 2030.

Quais são os impactos esperados?

No curto prazo, as novas regras não devem gerar um impacto significativo nas contas públicas. Caso a mudança fosse implementada imediatamente, qualquer economia resultante seria percebida apenas em 2027, já que o abono é pago dois anos após a aquisição do direito. Assim, trabalhadores que cumprirem os critérios em 2024 receberão o benefício em 2026.

A transição gradual dessas alterações exige uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para ser efetivada. Enquanto isso, a manutenção das regras de acesso ao seguro-desemprego foi assegurada pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que enfatizou que não haverá mudanças sem o seu envolvimento no processo decisório.

Como fica o seguro-desemprego?

O seguro-desemprego não terá suas regras alteradas, mantendo as condições atuais de acesso. No entanto, o benefício poderá ser indiretamente afetado pelas novas diretrizes para a valorização do salário mínimo. O governo planeja manter um ganho real atualmente projetado acima do limite do arcabouço fiscal, visando controlar as despesas públicas.

A intenção é que o ganho real do piso salarial não ultrapasse os 2,5% ao ano, seguindo os limites estabelecidos no arcabouço fiscal, o qual prevê uma expansão de despesas entre 0,6% a 2,5% ao ano. Já para 2025, está projetado um ganho real de 2,9%, seguindo o PIB de dois anos anteriores.

O que é o abono salarial e como funciona?

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O abono salarial é um benefício estabelecido pela Constituição para trabalhadores que tiverem pelo menos 30 dias de trabalho com carteira assinada no ano anterior e uma renda mensal média de até dois salários mínimos. O valor do abono pode variar dependendo da quantidade de meses trabalhados no ano-base, indo de R$ 118 a um salário mínimo completo, atualmente R$ 1.412.

O pagamento do abono salarial ocorre dois anos após o ano-base em análise. Portanto, em 2024, por exemplo, o governo está efetuando o pagamento das solicitações referentes ao ano-base de 2022.

Perspectivas futuras e desafios

As mudanças propostas exigem aprovação legislativa e buscam equilibrar as finanças públicas em um cenário de contenção fiscal. A implementação gradual pretende mitigar impactos súbitos sobre a renda dos trabalhadores. No entanto, o desafio ainda é garantir que estas políticas mantenham um equilíbrio justo, preservando as condições mínimas de subsistência dos trabalhadores que dependem deste benefício.

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